Efeito da superfície hidrofílica na osseointegração de implantes em sítios com defeitos ósseos circunferenciais: estudo experimental em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Gustavo Augusto Grossi de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58136/tde-08032013-091728/
Resumo: INTRODUÇÃO: A qualidade da interface osso-implante pode ser influenciada diretamente por aspectos inerentes ao tratamento da superfície do titânio e determina a forma que as células interagem, aderem e se fixam a ela, podendo potencializar e encurtar o tempo de osseointegração. Este estudo propôs-se a analisar alterações na osseointegração produzidas pela hidrofibilidade das superfícies dos implantes Neoss®. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizados 6 cães da raça labrador e instalados 44 implantes Neoss® bilateralmente na mandíbula com defeitos ósseos padronizados na região coronal: 22 implantes apresentavam superfície ProActive (hidrofílica) e outros 22 implantes eram de superfície Bimodal (hidrofóbica). Foram avaliados a resposta biológica nos períodos de uma semana e quatro semanas de osseointegração, utilizando parâmetros histológicos, histomorfométricos, fluorescência e de estabilidade mecânica aferido pelo método de análise de frequência de ressonância (RFA). As superfícies também foram submetidas à análise topográfica por interferometria óptica e quanto a propriedade de hidrofibilidade. RESULTADOS: Nos testes topográficos, a superfície ProActive apresentou valor de Sa de 0,4m contra Sa de 0,8m da superfície Bimodal, sugerindo menor rugosidade da superfície hidrofílica. A umectibillidade da superfície foi maior no grupo ProActive, exibindo valores de ângulos de contato de 27,2° contra 67,2° da superfície Bimodal. Ambas as superfícies apresentaram valores semelhantes nos períodos de uma e quatro semanas no que diz respeito à estabilidade mecânica do implante, aferidos com o RFA e nos parâmetros histomorfométricos em relação deposição óssea ao seu redor CONCLUSÕES: 1) A superfície ProActive apresentou valores menores de rugosidade e aumento da umectibilidade em relação aos implantes com superfície Bimodal. 2) A superfície ProActive utilizada no presente estudo não favoreceu os eventos de osseointegração nas condições períodos de 1 e 4 semanas avaliados. 3) Após 4 semanas de osseointegração, ocorreu aumento da estabilidade dos implantes instalados sem haver diferença entre as superfícies ProActive e Bimodal. 4) A estabilidade dos implantes, avaliados por meio do RFA, aumentou gradativamente durante a osseointegração, sem haver diferença entre as superfícies testadas.