Trilha socioecológica do Salto Belo: um jogo para a promoção da educação ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Clementino, Isabel Dias da Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18160/tde-05082020-110108/
Resumo: A pesquisa teve como objetivo investigar como um jogo didático pode contribuir para a promoção de discussões e reflexões sobre a temática ambiental, fundamentadas em pressupostos da Educação Ambiental (EA) crítica, junto a estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental. Contou com 80 participantes, sendo 18 professores e 62 alunos da Rede Municipal de Ituverava-SP. Seu desenvolvimento se concretizou nas seguintes etapas: 1) Levantamento bibliográfico sobre jogos envolvendo EA e pressupostos da vertente crítica; 2) Produção do jogo de tabuleiro \"Trilha Socioecológica do Salto Belo\", baseado em princípios de Carvalho (2006), Tozoni-Reis (2007) e Luz e Tonso (2015); 3) Avaliação do jogo por professores e reformulação do material; 4) Aplicação e avaliação do jogo com estudantes. A coleta dos dados ocorreu por meio de questionário, analisado pela técnica de Análise de Conteúdo (AC) segundo categorias já definidas a priori, mas que apontou o pertencimento, o ser humano como agente transformador e a ação coletiva como categorias emergentes. Foram encontrados poucos jogos voltados para EA e EA crítica, sendo o formato de tabuleiro mais frequente. O jogo produzido se baseou neste modelo, com a característica de ser cooperativo e abordou problemas ambientais cotidianos do público participante: Monocultura e Poluentes, este com dois subtemas. A avaliação docente contribuiu para o melhoramento do material, levantou suas potencialidades para o uso a partir dos planejamentos didáticos desses professores vislumbrando, ainda, estratégias interdisciplinares para este uso. Já os estudantes expressaram relações de pertencimento sugerindo o cuidado com o meio, assumindo a responsabilidade de mudanças de atitudes, indicando que poderiam ser agentes de transformação e demonstrando interesse em agir em prol da qualidade ambiental em sua realidade, remetendo à ação coletiva. O jogo cooperativo auxiliou na interação entre os educandos e favoreceu a compreensão sobre as causas e as consequências de alguns problemas ambientais, porém apontou a necessidade de intervenção do professor na mediação dos conhecimentos necessários para a interpretação das situações apresentadas pelo material. Ainda assim, os participantes puderam sugerir ações voltadas à sustentabilidade, direcionadas às dimensões ecológicas, econômicas, sociais e de valores, como novas maneiras para se encarar os cenários de degradação das sociedades, demonstrando que a forma como os temas foram implementados no material pôde ser um estímulo para essas reflexões. O uso deste material pode ser um aliado para o professor em fomentar discussões importantes para o entendimento da temática ambiental e estimular a criatividade dos estudantes em buscar novas maneiras de interagir com o ambiente.