Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Antonio Ralph Medeiros de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-09052014-163758/
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Resumo: |
Na medida em que o homem altera processos ecológicos e pressiona os ambientes naturais, cresce também o risco de contato com agentes patogênicos provenientes desses meios, muitos dos quais podem ser veiculados por mosquitos. A cidade de São Paulo possui uma centena de parques públicos que preservam remanescentes da flora e fauna e são utilizados pela população como espaços de lazer. Pouco se sabe sobre os padrões de diversidade de culicídeos que habitam estas áreas e tal ausência de dados inviabiliza predições e inferências sobre processos ecológicos atuantes ou riscos epidemiológicos inerentes. Este trabalho teve como objetivo descrever e analisar os padrões de diversidade das assembleias de culicídeos em parques urbanos da cidade. Mosquitos adultos e Imaturos foram coletados entre 2011/2012 e 2012/2013 em dez parques urbanos da cidade: Alfredo Volpi, Anhanguera, Burle Marx, Carmo, Chico Mendes, Ibirapuera, Piqueri, Previdência, Santo Dias e Sangrilá. Ao todo foram realizadas doze coletas em cada parque ao longo de um ano. Após identificação das espécies foram calculados riqueza, abundância e índices de diversidade por coleta em cada parque. Testes estatísticos foram aplicados para verificar diferenças significantes entre os parques e períodos do ano em relação aos parâmetros de diversidade mensurados. Verificou-se a similaridade na composição de espécies para os parques e tipos de criadouros e foram testadas associações entre parâmetros ambientais em relação à diversidade alfa e beta. Ao longo do estudo foram coletadas 81 espécies/táxons nos dez parques pesquisados. As espécies mais comuns e abundantes foram Ae. albopictus, Ae. scapularis, Ae. fluviatilis, Cx. quinquefasciatus e Cx. nigripalpus, todas de interesse epidemiológico. O Anhanguera apresentou a maior riqueza e o Shangrilá a maior diversidade. Ibirapuera e Alfredo Volpi apresentaram a menor riqueza e diversidade respectivamente. As assembleias mostraram variações nos padrões de diversidade na comparação entre os meses mais quentes e chuvosos em relação aos meses mais frios e secos. Foi demonstrado que diferenças ambientais entre os parques podem influenciar a riqueza e composição de espécies. O Processo de seleção mostrou ser um importante fator-chave na formação dos padrões de riqueza e composição de culicídeos dos parques. Aparentemente, a perda de espécies pode promover uma homogeneização na composição de culicídeos ao longo dos parques, onde poucas espécies resilientes permanecem no ambiente e destas a maioria apresenta importância médico-epidemiológica. O contato entre mosquitos vetores, animais reservatórios e a população que utiliza os parques pode promover epizootias e o estabelecimento de ciclos de transmissão em nosso meio, recomenda-se constante vigilância epidemiológica. |