Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Vagner Herculano de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-14112023-160850/
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Resumo: |
Quais os sentidos evocados pelo senso comum sobre a pandemia? De que forma o imaginário social representou o impacto das diferentes fases da pandemia? Delimitamos como objetivo desta tese compreender as representações sociais da pandemia da Covid- 19 no período de crise com base na Teoria das Representações Sociais. A pesquisa se caracteriza como uma análise retrospectiva de abordagem quanti-qualitativa de aspecto exploratório, inferencial e descritivo. Para a construção dos dados foi realizada a extração dos comentários das principais publicações sobre a Covid-19 da página oficial do Ministério da Saúde do Brasil (MS) no Facebook©. O software IRaMuTeQ (Interface de R pour lês Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires) foi utilizado como suporte para a realização da organização e análise dos dados. A partir da relação entre as fases pandêmicas e as publicações mais relevantes, foi possível observar que na fase de contenção, um estranhamento coletivo em relação à doença desencadeou um repertório de crenças ligadas ao amparo religioso, impotência, indignação e apreensão; já na fase de mitigação, houve legitimação institucional do ministério da saúde vinculada às evocações que destacaram a importância da adesão às medidas preventivas e orientações baseadas em evidências científicas; na fase de supressão, período de agravamento dos indicadores epidemiológicos e omissão gerencial da crise, as evocações foram centradas na desconfiança e incredulidade no governo; na última fase, denominada de recuperação, as evocações demonstram duas estruturas distintas, uma apoiada no medo e dúvida e outra no sentido de gratidão e reconhecimento. De modo geral, o senso comum enxerga a forma fragmentada e frágil da comunicação entre as fontes formais de informação e a comunidade, com destaque para o papel que as redes sociais tiveram na propagação de informações para os mais diversos grupos sociais, seja como disseminadoras de informações distorcidas ou como espaço de apoio mútuo e acolhimento de pessoas e grupos. Desta forma, investigar como as pessoas reagiram às informações propagadas pelo ministério da saúde durante a pandemia possibilita ampliar a importância de problematizar o papel da mídia na construção de novas representações sociais, para que em novos períodos de crise na área da saúde pública, os canais de comunicação virtuais sejam uma ferramenta funcional para o mapeamento, planejamento e execução das políticas públicas. |