Produção e qualidade da água em bacias hidrográficas contendo diferentes coberturas vegetais na região de Agudos, São Paulo

• Ano de defesa: 1989
• Autor(a) principal: Oliveira, Francisco de Assis
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: BACIA HIDROGRÁFICA; COBERTURA VEGETAL; QUALIDADE DA ÁGUA
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-135152/

Este estudo foi conduzido durante dois anos em duas bacias hidrográficas localizadas no Estado de São Paulo e pertencente a Companhia Agroflorestal Monte Alegre. O clima da região é Cwa de Koppen, com uma média anual de precipitação de 1300 mm e de temperatura de 21°C. A bacia Canivete possui uma área de 163,7 ha, 81,3% da qual coberta com pinheiros tropicais, 16% de pastagem, 1,9% com folhosas do gênero Eucalyptus e 0,8% com cultivo de Coffea sp. Esta bacia, de 1a. ordem, possui somente um canal com cerca de 200 m e baixa densidade de drenagem 0,001 Km/Km2. A bacia Limeira de 2a. ordem, possui uma área de 370 ha, totalmente reflorestada com pinheiros. O canal principal, tem aproximadamente 2400 m de extensão e a densidade de drenagem é de 1,08 Km/Km2. A produção de água nas bacias experimentais foi altamente influenciada pelo regime pluviométrico regional. A concentração de N03- na água da chuva foi a maior, seguida de Ca++, K+ e Mg++. Nas águas do deflúvio, a alcalinidade e o pH guardam correlação com as concentração de Ca++, Mg++ e Fe++. As concentrações dos cátions e ânions analisados na água do deflúvio seguiram a seguinte ordem: Fe++>Ca++>K+>N03->Mg++ e Ca++>Fe++>K+> N03->Mg++, nas Bacias Canivete e Limeira respectivamente. O balanço de nutrientes revela uma acumulação nas bacias de acordo com os seguintes valores (Kg/há/ano): N03-:3,2; Ca++:1,85; Mg++:0,85;K+:2,98;Fe++:1,64 para a bacia Canivete e N03-:2,73; Ca++:1,00; Mg++:0,71; K+:2,72 e Fe++:1,64 para a bacia Limeira. As operações silviculturais de desbastes seletivos realizadas nas plantações florestais aparentemente não causaram alterações mensuráveis nos aspectos quantitativos e qualitativos da água produzida pelas bacias durante o período experimental.