"Programas Educativos de Televisão para Crianças Brasileiras: Critérios de Planejamento Proposto a partir das Análises de Vila Sésamo e Rá Tim Bum"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Souza, Adriana Maricato de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27149/tde-24062005-181909/
Resumo: A história de dois programas infantis de grande repercussão no Brasil, Vila Sésamo (TV Cultura-TV Globo/1972) e Rá Tim Bum (TV Cultura/1990), indica quais são as características da produção educativa brasileira. Eles apresentam um conflito estrutural entre o método de planejamento educacional, de origem norte-americana, e o repertório cultural dos produtores e do público-alvo. A representação deslocada de infância, relações sociais e Educação dos programas educativos comprometeriam seu impacto sobre o público-alvo. Buscando estabelecer quais os critérios mais adequados para programas educativos nacionais, sugere-se a incorporação da perspectiva de Paulo Freire sobre Comunicação e Educação pelas produções brasileiras. Para Freire, o processo educativo se desenvolve a partir do repertório cultural do educando e o estimula a transformar seu ambiente. Num momento de consolidação da democracia na América Latina, entende-se educar através da televisão como construção simbólica e prática da cidadania, onde produtores e receptores dialogam e se reconhecem como sujeitos do mesmo processo social. Planejar programas com estes propósitos requer a criação de parâmetros a partir da prática da produção cultural no país e da realidade objetiva do público-alvo. Este trabalho sugere critérios básicos para futuras produções de produtos educativos dirigidos às crianças brasileiras, em contraposição ao condicionamento para o consumo proposto pelos programas importados, tidos equivocadamente como educativos.