Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Francielle Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60135/tde-05092013-162650/
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Resumo: |
Peroxissome proliferator-activated receptor-alfa (PPAR-?) é um fator de transcrição nuclear envolvido na regulação do metabolismo de lipídeos e da inflamação. PPAR? pode estar relacionado com a modulação da cicatrização de feridas cutâneas, que é um processo multifatorial, dependente de mecanismos de sinalização celular e de inflamação. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi analisar o papel do receptor PPAR? na cicatrização de feridas cutâneas induzidas experimentalmente e a sua relação com o metabolismo sistêmico após tratamento com agonista do PPAR?. Para tanto, foram realizadas feridas na pele da região dorsal de camundongos 129/SvEv, que foram tratados diariamente com o agonista de PPAR?, Gemfibrozil, por via oral ou tópica. Os animais foram acompanhados durante 240h pós-cirúrgico (p.c.) para a análise do reparo cutâneo e alterações metabólicas que poderiam ser induzidas pela ativação de PPAR?. Os camundongos tratados apresentaram melhor cicatrização após ativação de PPAR? com 100 ou 50 mg/kg/dia de agonista por via oral ou tópica, respectivamente. O tratamento oral induziu cicatrização mais rápida somente após 24h, 48h e 72h p.c., enquanto que os animais tratados com Gemfibrozil tópico apresentaram cicatrização mais precoce em todos os tempos avaliados. A indução de feridas alterou o metabolismo sistêmico dos camundongos que demonstraram significativa perda de peso e redução de triglicérides, independentemente do tratamento. Porém, a ativação de PPAR? não alterou a glicemia ou a função hepática. Na análise histopatológica das feridas foi verificado infiltrado inflamatório, composto principalmente por neutrófilos e outras células polimorfonucleares. Entretanto, o tratamento com Gemfibrozil tópico levou a um menor infiltrado inflamatório e diferenciada deposição de colágeno após 10 dias p.c. Além disso, houve diminuição do acúmulo de neutrófilos, macrófagos e eosinófilos quando comparados aos animais que receberam apenas o veículo. O tratamento tópico promoveu menor acúmulo de linfócitos TCD4+, TCD8+ e T??, e ainda diferenciado influxo de células dendríticas para a lesão. No entanto, não houve diferença em relação a células T reguladoras nos linfonodos drenantes, mas os animais tratados apresentaram diminuição de Foxp3 nas células CD4+CD25-. Em conclusão, PPAR? atua no reparo cutâneo, e sua ativação local acelera a cicatrização por meio da modulação da inflamação na pele. Finalmente, os resultados sugerem que PPAR? pode ser alvo importante para novas terapias que visam melhorar a cicatrização de feridas, especialmente quando ativado no local da lesão. |