Autonomia e racionalidade: fundamentos da filosofia e do pensamento pedagógico de Condorcet (1743-1794).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Fabio de Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-18062008-160951/
Resumo: Trata-se de pesquisa teórica, de caráter filosófico, que procura avaliar o lugar ocupado por Condorcet (1743-1794) no universo da filosofia e do pensamento educacional do século XVIII. Sabe-se que o \"Século das Luzes\" atribuiu enorme importância à tarefa de educar. Contudo, é oportuno destacar que tamanha importância deve-se, notadamente, à compreensão que este século teve de si próprio. A maioria dos intelectuais que se destacaram no período acreditava viver no \"século da filosofia\", da supremacia da razão e de seu exercício e, nesse sentido, o ato de educar constituía uma espécie de compromisso com o próprio tempo, pois, propagar as luzes significava conferir à espécie humana os instrumentos necessários para que o desenvolvimento das ciências e das artes não mais fosse interrompido. A elaboração da Enciclopédia, um dos mais significativos e importantes empreendimentos do Iluminismo, na medida que se propunha a inventariar o repertório dos conhecimentos disponíveis para promover a aquisição constante de novas luzes, revestindo-se, assim, de enorme potencial educativo, constitui um bom exemplo do otimismo pedagógico partilhado pelos iluministas. Herdeiro desta tradição, o pensamento de Condorcet representa, de maneira igualmente exemplar, o espírito do Século das Luzes. Além do conhecido \"otimismo histórico\" e da \"teoria do progresso\", expostos, principalmente, no Esboço de um quadro histórico dos progressos do espírito humano, sua obra é portadora de traços de originalidade que não podem ser desprezados, especialmente no que se refere à constituição das ciências humanas, à defesa da igualdade, da liberdade e da instrução pública.