A Proposta Curricular do estado de São Paulo e a sala de aula como espaço de transformação social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pereira, Sandra de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-24102012-123823/
Resumo: A situação aparentemente caótica da rede pública de educação paulista, leva o governo responsável a adotar políticas públicas de educação com caráter neoliberal e seguindo receituários impostos pela globalização econômica. Exemplo disso é a imposição da Nova Proposta Curricular do Estado de São Paulo. Ela foi implantada em 2008 e passou a ser Currículo Oficial em 2010, determinando uma sequência de conteúdos e uma forma de trabalho para todas as unidades escolares, a fim de levá-las a trabalhar como uma rede, padronizando a forma de pensar dos alunos e o trabalho dos professores, limitando a autonomia dos mesmos. Atrelada a esta imposição de um currículo único, está a centralização das decisões e a meritocracia. Apesar de as políticas públicas terem sido elaboradas com o objetivo de melhorar a qualidade de ensino, não é isso que acontece, pois acabam fortalecendo os desestímulos dos alunos e dos professores, impedindo uma possível melhora. Dentro desse contexto, o professor possui um papel essencial, pois seu trabalho em sala de aula, diretamente com o aluno, pode ser o passo inicial para uma transformação cotidiana da realidade. Ao utilizar a educação como um elemento que leve ao entendimento do aluno sobre sua situação na sociedade, este poderá compreender o processo em que está envolvido e tomar conhecimento para questioná-la e até sugerir e lutar por mudanças. O professor não é capaz de promover uma revolução, modificando toda a estrutura da educação pública, mas ao realizar seu trabalho de forma consciente e politizada é capaz de, junto ao aluno, ainda acreditar na possibilidade de uma mudança na direção de uma sociedade mais justa.