Utilização de pele de tilápia para o reparo e proteção do palato após remoção de enxertos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Manfredi, Gustavo Gonçalves do Prado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-08122021-124815/
Resumo: A técnica de remoção de enxertos de tecido mole autógeno na região do palato, causa grande desconforto e morbidade para os pacientes durante o período de cicatrização. Vários estudos de materiais e técnicas buscam controlar a dor e auxiliam no processo de cicatrização da ferida. Mas ainda não foi encontrado o protocolo ideal. Dentro desta proposta, a pele de tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus) mostrou-se um excelente curativo oclusivo para tratamento de queimados, que reduz a dor, acelera o reparo tecidual e melhora a qualidade de vida desses pacientes. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a utilização da pele de Tilápia-do-Nilo (PTDN) como curativo oclusivo em pacientes submetidos a cirurgia de remoção de enxerto gengival autógeno do palato. Foram incluídos no estudo, 24 indivíduos com indicação de cirurgia plásticas periodontais ou periimplantares que precisem enxertos gengivais. Os pacientes foram aleatoriamente alocados em grupo controle (cimento cirúrgico, Coepack®; n= 12) e teste (PTDN; n= 12) para proteção da área doadora, e foram acompanhados por 7, 14 e 30 dias. Os desfechos centrados no paciente foram investigados por meio de aplicação da escala visual analógica de dor (VAS); avaliação qualitativa do desconforto, fala e mastigação, e também do número de analgésicos consumidos. Quanto aos parâmetros clínicos, foram registradas: as dimensões da ferida; epitelização completa; percentual de contração da área da ferida nos diferentes períodos de avaliação, e a similaridade de cor. Os resultados demonstraram que VAS de 7 dias, apresentou maiores escores no grupo C (5,91 ± 2,15) do que no grupo T(2,50 ± 2,31) , com diferença estatística significante (p = 0,001; teste t). No consumo de analgésicos ao 7 dias, não houve diferenças significantes (p = 0.334; teste t) entre os grupos T (8,75 ± 7,75) e C (12,08 ± 8,71). Observou-se maior redução da área da ferida de 7 a 14 dias nos dois grupos, sendo que o grupo T apresentou menor percentual de área não epitelizada do que o grupo C (p= 0,025; teste t). A epitelização total completou-se aos 30 dias, em todos os pacientes nos dois grupos. Aos 14 dias, 33,3% dos pacientes do grupo teste e 16,66% do controle mostraram epitelização completa da ferida cirúrgica. Houve ainda diferenças significantes (p= 0,020) entre os grupos T (97,83 ± 1,58) e C (96,08 ± 1,83) na similaridade de cor aos 30 dias pós-operatórios. Dentro das limitações do estudo, conclui-se que os resultados sugerem que a PTDN possui potencial para ser utilizada como curativo biológico oclusivo para área doadora palatina após a remoção de enxertos gengivais.