Utilização da ultra-sonografia em cães com suspeitas de neoplasias do sistema digestório (fígado, intestinos e pâncreas)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Froes, Tilde Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-29062005-144413/
Resumo: Os objetivos do presente trabalho foram avaliar a acurácia do exame ultra-sonográfico para indicar o órgão abdominal afetado pelo processo neoplásico, determinar as características ultra-sonográficas dos diferentes tipos neoplásicos que acometem o fígado, os intestinos e o pâncreas, bem como analisar a eficácia da ultra-sonografia bidimensional em apontar a malignidade desses processos neoplásicos. A amostra foi constituída por 114 cães com suspeita de processo neoplásico, e a observação compreendeu um período de 12 meses consecutivos. Em 88 desses animais, a presença de neoplasia abdominal foi confirmada. Em 84 (95,4%) cães, a origem da massa foi corretamente classificada, em 3 (3,5%) foi erroneamente classificada e em 1 (1,1%), a massa não foi identificada pelo exame sonográfico. Os tipos cito-histológicos diagnosticados no fígado foram: colangiocarcinoma 6(50%), carcinoma hepatocelular 3(25,1%), tumor de células mesenquimais?hemangiossarcoma 1(8,3%), linfoma de pequenas células 1(8,3%) e cistoadenoma de vias biliares 1(8,3%). No intestino foram identificados adenocarcinoma 2(25%), linfoma 2(25%), leiomiossarcoma 2(25%), tumor de células mesenquimais 1(12,5%) e adenoma de cólon 1(12,5%). No pâncreas foram diagnosticados: adenocarcinoma pancreático 3(75%) e insulinoma 1(25%). Com relação à diferenciação entre tumores hepáticos malignos e benignos pela ultra-sonografia convencional, 11 casos (100%) foram suspeitos de malignidade e confirmados com o padrão-ouro; contudo, parâmetros suspeitos para malignidade também foram observados em um caso de tumor benigno. Ao analisar a ultra-sonografia na suspeita de tumores nos segmentos intestinais para a diferenciação entre tumores e processo inflamatório, 8 (100%) casos suspeitos para processo neoplásico foram confirmados; todavia, parâmetros suspeitos para processos neoplásicos intestinais também foram observados em 3 casos de enterite inflamatória granulomatosa. Ao analisar a ultra-sonografia na suspeita de tumores pancreáticos exócrinos, foi possível identificar e localizar a massa em sua maioria, mas a diferenciação segura entre processo neoplásico e pancreatite crônica não foi possível. Conclui-se que: o exame sonográfico é um bom método de detecção da origem do processo neoplásico abdominal, e que embora não específicos, o achado sonográfico auxilia na determinação da malignidade do processo.