Desenvolvimento de raiz fina em povoamentos monoespecíficos e mistos de Eucalyptus grandis e Acacia mangium

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Eduardo Vinícius da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-02082007-101747/
Resumo: Raramente plantações de eucalipto respondem à adubação nitrogenada. Contudo, por se tratar de povoamentos monoespecíficos, com baixa capacidade de fixação de N, depois de algumas rotações de cultivo a probabilidade de resposta a este nutriente aumenta, devido ao esgotamento das reservas naturais de nitrogênio do solo acumuladas no ecossistema anterior. O presente estudo teve como objetivos avaliar i) o crescimento, o desenvolvimento de raízes finas de Eucalyptus grandis e de Acacia mangium em povoamentos monoespecíficos e mistos; ii) a nodulação da A. mangium nestes povoamentos. As árvores foram plantadas em maio de 2003 no espaçamento 3m x 3m. O delineamento experimental foi o de blocos completamente aleatorizados (4 blocos), sendo avaliados 3 tratamentos: povoamentos monoespecíficos de E. grandis e A. mangium e um povoamento em que essas espécies foram consorciadas (1100 plantas por ha de E. grandis e 550 árvores por ha de A. mangium). Quando consorciada, a A. mangium foi plantada no meio da distância entre as árvores de E. grandis na mesma linha de plantio. Foram amostradas raízes finas vivas (≤3 mm) em 5-16 posições (dependendo do tratamento), de uma árvore de área basal média em doze parcelas (3 tratamentos x 4 blocos), até 1 m de profundidade aos 6 e 12 meses pós-plantio e até 2 m de profundidade aos 18 e 30 meses pós-plantio, por meio de uma sonda de aço com 4,5 cm de diâmetro interno. O E. grandis foi diferente da A. mangium quanto ao desenvolvimento radicular nos diferentes períodos de amostragem, principalmente na camada superficial do solo (0-10 cm). No povoamento misto, aos 30 meses pós-plantio, o E. grandis foi 64% maior em altura do que a A. mangium e 75% maior em área basal, produzindo 94% mais biomassa do que esta leguminosa. A assimetria do crescimento radicular foi elevada entre as espécies, reflexo da grande competição por luz na parte aérea. Não houve clara estratificação de exploração das camadas do solo pelo sistema radicular das espécies. O E. grandis apresentou maior exploração radicular em todas as camadas do solo, fazendo com que o desenvolvimento radicular da A. mangium ficasse restrito a proximidade da árvore. O elevado grau de assimetria no desenvolvimento radicular entre as espécies resultou, aos 30 meses, na camada 0-10 cm, numa diferença de 91% na densidade de raízes finas (drf) entre as espécies. A nodulação foi sensível a competição com o E. grandis, aparentemente, devido à variação de umidade e temperatura sazonal. Aos 18 meses, no povoamento monoespecífico, houve tendência de maior densidade de nódulos na linha de plantio, camada 0-10 cm. Aos 30 meses os nódulos foram encontrados próximos às árvores. No misto, aos 18 e 30 meses ocorreu diminuição da densidade de nódulos na camada 10-30 cm e aumento entre 30 e 50 cm.