Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rebelo, Macario Arosti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-08122021-160246/
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Resumo: |
Na última década estudos tem mostrado que os maus hábitos alimentares podem influenciar negativamente a memória. Por outro lado, os efeitos benéficos do exercício físico sobre a memória também têm sido demonstrados, mas grande parte dos estudos utilizou programas de exercício aeróbio realizado com método contínuo de treinamento físico, sendo escassos até o momento estudos que investigaram o efeito do exercício com método intervalado de treinamento sobre a função cognitiva. Esta comparação é relevante uma vez que a busca por métodos de treinamento mais eficientes é questão em voga na área de Ciências do Esporte. Assim, o objetivo do estudo foi investigar a influência dos diferentes métodos de treinamento físico, contínuo ou intervalado, sobre a memória espacial e aprendizado de animais alimentados com solução de frutose. Além disso, foi investigado se a mudança dietética teria efeito aditivo ao treinamento físico. Para isso, ratos Sprague Dawley machos (70 dias de vida) receberam solução de frutose a 15% por seis semanas. Após a sexta semana, metade dos animais passou a receber água (SDF-A) e a realizar treinamento físico contínuo (TRF-AC) ou intervalado (TRF-AI) e os demais permaneceram com solução de frutose (SDF-F) e a realizar treinamento físico contínuo (TRF-FC) ou intervalado (TRF-FI). Ambos os protocolos de treinamento consistiram de três sessões semanais, com duração de 40 minutos para treino contínuo (60% Vmax) e 18 minutos para treino intervalado (3 x 2 minutos a 70% Vmax por 4 minutos a 35% Vmax). A memória espacial e a aprendizagem foram avaliadas utilizando o labirinto de Barnes, a expressão de BNDF, GFAP e de NeuN no hipocampo foi determinada por western blot e a técnica de imunohistoquimica foi utilizada para marcação de NFkB e de aSMA na região CA3 do hipocampo. Os resultados mostraram que, aparentemente, o treinamento físico intervalado empregado neste estudo foi mais eficiente do que o contínuo, uma vez que os animais do grupo TRF-FI apresentaram tempo de latência primária 59% menor do que os do grupo SDF-F e para o grupo TRF-FC o tempo de latência foi, apenas, 15% menor do que o observado para o grupo SDF-F. Não foi confirmado um efeito aditivo da mudança dietética associada ao exercício físico. Os animais do grupo TRF-FI apresentaram maior expressão de BDNF e tendência à aumento da expressão de NeuN no hipocampo. Em conclusão, o protocolo de treinamento físico que utilizou o método intervalado mostrou-se mais eficiente do que o contínuo para o aprimoramento da memória, levando-se em consideração o tempo de latência no labirinto de Barnes, e que o desempenho em teste de memória está associado à sensibilidade periférica à insulina e aos níveis de NFkB no hipocampo. Foi observado também que a mudança dietética não proporciona efeito aditivo ao treinamento físico nas respostas observadas. |