Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Castro, Thiago Rodrigues de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-18102011-165455/
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Resumo: |
Uma das principais espécies de ácaro praga é o ácaro rajado, Tetranychus urticae. Um dos inimigos naturais mais importantes deste ácaro é o patógeno Neozygites floridana. Para viabilizar o uso deste patógeno através de liberações inoculativas, ainda são necessárias informações básicas para subsidiar o desenvolvimento de uma metodologia de produção em escala e para liberações do fungo em campo. Para tanto, foi determinado em laboratório, a exigência de umidade e temperatura para a esporulação do fungo, colocando-se ácaros mumificados em folhas de feijão-de-porco. A 80 e 85% de umidade, em nenhuma das temperaturas (13, 17, 21 e 25°C) ocorreu esporulação. O fungo esporulou pouco a 90% UR em todas as temperaturas. As melhores condições para formação de capiloconídios foram a 95% e 100% UR a 21°C e 25°C. Ácaros mumificados foram colocados para esporular em feijão-de-porco em telados em diferentes épocas do ano e a temperatura e umidade monitorada. Notou-se que acima de 13°C o fungo conseguiu produzir um número considerável de conídios primários (>130) mesmo a 90% UR. Entretanto, nesta UR somente a 25°C a produção de capiloconídios foi significativa (>389). Determinou-se o efeito da exposição de duas intensidades luminosas (2.960 Lux e 15.392 Lux), três fotoperíodos (24h de luz, 12:12h(L:E) e 24h de escuro) e duas temperaturas (18°C e 23°C), na produção de conídios primários e de capiloconídios de isolados da Noruega e do Brasil. Ácaros mumificados foram expostos aos diferentes tratamentos em BOD. Não foram encontradas diferenças entre os dois isolados nas duas temperaturas testadas. Os resultados para o fotoperíodo de 12:12h(L:E) foram similares aos encontrados para 24h de escuro. A inibição da luz na formação de capiloconídios foi maior no isolado Norueguês. Baixa intensidade de luz por 24h teve efeito moderado na esporulação dos dois isolados, mas inibiu fortemente a formação de capiloconídios no isolado Norueguês. Foram realizados estudos para avaliar o efeito de agrotóxicos utilizados na produção de morango no Brasil e na Noruega sobre a esporulação e produção de capiloconídios de N. floridana em laboratório. Os resultados revelaram que Tebuconazol, Fenpropatrina na concentração recomendada e Abamectina na metade da concentração recomendada, foram os menos agressivos a N. floridana. Foram também realizadas tentativas de produção em escala deste fungo. Através de inoculações experimentais em telado foi possível induzir epizootias em populações de T. urticae em plantas de feijão de porco em vasos nos telados. Liberações de quatro ácaros mumificados por vaso foi a forma mais prática de inoculação. Maiores quantidades de ácaros mumificados foram produzidos quando as condições climáticas foram caracterizadas por alta UR e 20°C, sendo que durante o inverno a produção não foi eficiente. O uso de lâmpadas e ventiladores durante o período noturno ao final da epizootia, foi eficiente em inibir a esporulação e garantir a qualidade dos ácaros mumificados para o armazenamento. Embora tenha sido possível produzir um grande número de ácaros mumificados, vários estudos ainda são necessários para desenvolver uma metodologia de produção em escala para que seja economicamente viável a sua utilização em campo. |