Alterações morfológicas cerebrais na encefalite de Rasmussen

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bezerra, Karenn Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17158/tde-04012017-154242/
Resumo: INTRODUÇÃO: A encefalite de Rasmussen (ER) é uma doença rara e esporádica, apresentando-se como uma síndrome com disfunção cerebral multifocal e convulsões focais refratárias ao tratamento medicamentoso, por vezes se manifestando com epilepsia parcial contínua. O início das crises focais predomina na infância e afeta crianças previamente hígidas, com curso progressivo. Na maioria das vezes envolve apenas um hemisfério cerebral, que se torna atrófico. O diagnóstico é feito através da análise do eletroencefalograma, características clínicas, achados de ressonância magnética (RM) e/ou achados histopatológicos. A RM encefálica é particularmente útil no estudo destes doentes, fornecendo dados que podem contribuir para o diagnóstico, ajudar na seleção do local para biópsia, assim como no acompanhamento da evolução progressiva da doença. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram coletados os dados demográficos, avaliações neuropsicológicas, dados cirúrgicos e achados de imagem de todos os pacientes diagnosticados com ER no HCFMRP, de 1997-2016. RESULTADOS: Foram incluídos 35 pacientes com média de idade de 5,8 anos. Setenta por cento destes apresentaram-se com epilepsia parcial contínua e 29 tiveram também a confirmação histopatológica. Não houve nenhum caso de acometimento bilateral confirmado nesta amostra. Os achados de imagem mais comuns foram alteração de sinal, atrofia focal ou hemisférica e dilatação ventricular, em graus variados. Trinta e três pacientes foram submetidos ao tratamento cirúrgico. CONCLUSÕES: A definição da conduta e tratamento dos pacientes com ER deve ser discutida por equipe multidisciplinar, levando em consideração os achados clínicos, EEG e de exames de imagem, com objetivo de controlar as crises a fim de minimizar os déficits cognitivos, motores e de linguagem destes pacientes.