Técnica de Massagem e Mobilização em Imersão para Relaxamento (RMI): desenvolvimento, usabilidade e aplicabilidade clínica em mulheres idosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Fabiola Carvalho Lopes dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-19042018-122642/
Resumo: Contextualização. A Fisioterapia carece de programas de intervenção previamente testados para aplicação, em meio aquático, visando indução de relaxamento muscular. Estudos prévios fornecem bases suficientes para a construção de programas. Delineamento e objetivo: Estudo quase experimental visando: 1. Desenvolver e descrever, em manual, um programa de massagem em imersão visando relaxamento denominado Programa de Relaxamento, Massagem e Mobilização em Imersão (RMI); 2. Avaliar pertinência e qualidade técnica da RMI pela submissão a pareceristas; 3. Avaliar a usabilidade e a autoaprendizagem a partir do estudo do manual da RMI; 4. Avaliar o efeito da intervenção fisioterapêutica com RMI em mulheres idosas e saudáveis. Método: 1. Desenvolvimento do Programa de Relaxamento, Massagem e Mobilização em Imersão (RMI), com base em revisão de literatura, reuniões dos pesquisadores e construção do manual. 2. Avalição da técnica por 20 pareceristas por meio de ficha de avaliação. 3. Análise de usabilidade do manual para autoaprendizagem teórico-prática por 10 graduandos em Fisioterapia. A atividade prática foi avaliada, pelo pesquisador e examinador independente, utilizando roteiro de avaliação baseado na descrição do programa. 4. Análise do efeito nos indicadores de relaxamento (frequência cardíaca, pressão arterial, flexibilidade, mobilidade, dor e qualidade de vida) em 12 mulheres idosas e saudáveis, após programa RMI de 10 sessões com duração de uma hora e meia cada. O estudo foi realizado no Laboratório de Fisioterapia e Comportamento do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e na piscina de reabilitação da Clínica Integrada Simmm. A análise constou de 1. Organização de respostas dos pareceristas por categoria e análise descritiva por questão; 2. Análise estatística descritiva das notas de desempenho dos estudantes e análise de confiabilidade interexaminadores; 3. Análise descritiva e comparativa dos dados pré e pós-intervenção das variáveis de flexibilidade, mobilidade articular, resposta cardiovascular, escores nos questionários DASH, FAOS e WHOQOL e por categorização das respostas sobre relatos para análise de efeito de programa em mulheres idosas. Resultados: Foi possível desenvolver o programa de intervenção e construir o manual descritivo e ilustrativo de massagem em imersão visando relaxamento, enriquecido com as sugestões dos pareceristas. O manual mostrou-se usável e suficiente para autoaprendizagem teórico-prática. O estudo de casos em série indicou que a prática da RMI melhora a mobilidade articular do ombro (rotação medial e lateral direita e esquerda com p=0,001) e tornozelo (extensão à esquerda p<0,001,extensão à direita p=0,0017 e flexão esquerda p=0,001). Afeta as respostas cardiovasculares indicando relaxamento com p=0,04. Houve melhora na função motora dos membros superiores, avaliada pelo questionário DASH. Na avaliação pelo questionário WHOQOL-bref, encontramos melhora no domínio psicológico, consequente à intervenção. Cada participante do programa de intervenção RMI relatou pelo menos um estado de relaxamento e satisfação. Conclusão: Foi possível desenvolver e descrever um método de massagem em imersão visando relaxamento, utilizável por graduandos em Fisioterapia, a partir de seu manual, e apropriado para induzir adequações nos sistemas musculoesquelético e cardiovascular, como indicadores de resposta fisiológica de relaxamento muscular. Estes dados são compatíveis com os relatos das participantes