Arquitetura escolar pública paulista. Fundo Estadual de Construções Escolares - FECE/ 1966-1976

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Mello, Mirela Geiger de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-29082012-135732/
Resumo: Esse trabalho é uma pesquisa da produção arquitetônica do Fundo Estadual de Construções Escolares - Fece, o primeiro órgão do governo do Estado de São Paulo a ter como única atribuição planejar, projetar, construir, ampliar e manter a rede pública estadual de ensino. Foi o pioneiro no Brasil e na América Latina a ter essa incumbência. O estudo identificou cerca de 900 novos edifícios escolares construídos pelo Fece em seus 10 anos de atividade, entre 1966 e 1976, quando foi substituído pela Companhia de Construções Escolares do Estado de São Paulo - Conesp. O objetivo desse trabalho é investigar o que a arquitetura pública paulista produziu nesse período, e até mesmo a arquitetura paulista de forma geral, uma vez que suas histórias se confundem ao longo do tempo. Cerca de 230 arquitetos elaboraram projetos para o Fece. Selecionamos 15 edifícios escolares como representativos dessa produção, de autoria de Abrahão Sanovicz, Décio Tozzi, Eduardo Corona, Francisco Petracco, João Baptista A. Xavier, Luiz Carlos Costa e Francisco Crestana como colaborador, João Clodomiro B. de Abreu, João Walter Toscano, Júlio Roberto Katinsky, Júlio Teruo Yamazaki, escritório Rino Levi, Ruy Othake, Sérgio Ferro, Rodrigo Léfèvre e Flávio Império. O período é caracterizado por uma grande explosão de demanda de vagas na área educacional e é o momento da ampliação da rede física de ensino em larga escala. Até 1965, existiam aproximadamente 2.260 edifícios escolares. Em apenas 10 anos foram construídos pelo Fece o equivalente a aproximadamente 40% do que havia sido construído nos 75 anos anteriores, desde o início da República. Pelo que pudemos observar, essa produção com tamanhas proporções foi permeada por questões econômicas, visando construir o maior número de edifícios possível. Tais parâmetros estão expressos nas Normas Fece Para Elaboração de Projetos de Arquitetura Escolar. Nos 15 projetos selecionados constatamos que a resposta dos arquitetos paulistas face a esse desafio é excelente. Com recursos espaciais, construtivos e plásticos muitas vezes extremamente simples e de baixo custo, projetaram edifícios que surpreendem tanto espacialmente como também pelo aspecto plástico e volumétrico. Esperamos com esse trabalho contribuir para que tantas outras análises sejam feitas a partir do levantamento documental dessa produção.