Escala de Borg: um novo método para avaliação da hipernasalidade de fala

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Favaretto, Francine Santos Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-17012023-123158/
Resumo: Objetivo: investigar a confiabilidade da escala de Borg como método de avaliação perceptivo-auditiva da hipernasalidade de fala comparando os índices de concordância intra e interavaliadores obtidos com a escala de Borg e com a escala ordinal, na classificação da hipernasalidade. Adicionalmente, investigar a influência do tipo de amostra de fala sobre a concordância de ambas as escalas. Método: quatro fonoaudiólogas (avaliadoras) experientes classificaram o grau de hipernasalidade de 80 amostras de fala (repetição de vocábulos e de sentenças) utilizando a escala ordinal de 5 pontos e a escala de Borg. Os índices de concordância intra e interavaliadores foram estabelecidos para ambas as escalas e para os dois tipos de amostras de fala. Para a escala ordinal foi utilizado o teste Kappa ponderado e para a escala de Borg, foi utilizado o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). A comparação entre os índices de concordância obtidos nos dois tipos de amostra foi feita por meio do teste Z. A comparação entre os resultados das duas escalas foi feita por meio do coeficiente de correlação de Spearman. Para todos os testes foi adotado o nível de significância p<0,05. Resultados: a correlação de Spearman mostrou que houve correlação muito alta e significante entre a Escala de Borg centiMax e a escala ordinal, sendo para as amostras de vocábulos 0,94 (p<0,001) e para a amostra de sentenças 0,95 (p<0,001). A comparação entre os índices de concordância intra e interavaliadores entre as duas escalas mostrou melhores índices de concordância para a escala de Borg, em ambas as amostras de fala analisadas. No cálculo intra-avaliadores o CCI variou de excelente (1,00) a bom (0,73) em ambas as amostras julgadas pela escala de Borg e o índice Kappa variou de excelente (1,00) a pobre (0,38) para ambas as amostras utilizando a escala ordinal. No cálculo interavaliadores o CCI variou de excelente (0,89) a moderado (0,40) em ambas as amostras com escala de Borg e o índice Kappa variou de moderado (0,53) a pobre (0,10) para ambas as amostras com a escala ordinal. Na comparação entre os tipos de amostras de fala quando utilizada a escala de Borg verificouse diferença estatisticamente significante entre vocábulos e sentenças para as comparações intra (p<0,011) e interavaliadores (p<0,025). Para a escala ordinal, diferença estatisticamente significante foi observada somente para a comparação interavaliadores (p<0,007). Conclusão: os resultados mostraram que a escala de Borg apresentou resultados mais confiáveis, com melhores índices de concordância intra e interavaliadores. Adicionalmente, a amostra de fala contendo vocábulos mostrou melhores índices de concordância na maioria das comparações para ambas as escalas utilizadas.