Revisão taxonômica das espécies sulamericanas de ermitões do gênero Pagurus Fabricius, 1775 (Anomura: Paguridae): análises morfológicas e moleculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Campillay, Nicole Alice Olguín
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-21052012-110101/
Resumo: O gênero Pagurus é um táxon heterogêneo de ermitões, com ampla distribuição mundial, descrito há mais de duzentos anos. A sistemática do grupo é complexa com uma longa história de rearranjos taxonômicos. A classificação conta com a inclusão de numerosas novas espécies e separação de algumas inicialmente contidas no táxon estabelecendo-se novos gêneros. Devido à extensa distribuição das espécies que compõem o táxon, foi necessário restringir o objetivo deste estudo. Assim foi avaliado o status taxonômico das espécies que ocorrem nas costas Pacífica e Atlântica da América do Sul, por meio da combinação de análises morfológicas e moleculares das espécies, utilizando dois marcadores genéticos (16S rDNA e Histona 3). As análises taxonômicas mostraram uma alta variabilidade morfológica nas 22 espécies examinadas. As espécies se encaixam perfeitamente em quatro dos onze grupos preestabelecidos dentro de Pagurus. Além disso, foram fornecidos os caracteres morfológicos que definem um desses grupos. Adicionalmente foi incluída uma chave para ajudar na identificação de todas as espécies. As análises independentes dos dados moleculares mostraram resultados contrastantes. O gene mitocondrial foi mais variável e portanto mais informativo, proporcionando uma hipótese mais clara das relações internas entre os membros de Pagurus. Assim, as topologias moleculares resultantes, concordaram em vários aspectos com o reportado nos dados morfológicos das espécies. De modo que, as semelhanças morfológicas foram refletidas na formação dos nós internos. Assim, as análises do gene 16S e H3 mostraram-se concordante com a morfologia, refletindo-se na formação de alguns dos grupos previamente propostos. Como ponto importante, ressalta-se a separação das espécies que compõe o grupo provenzanoi como um táxon diferenciado dentro de Pagurus. Ao mesmo tempo, as análises com o gene H3 mostraram a espécie Propagurus gaudichaudii inserida dentro de Pagurus, questionando a validade taxonômica de Propagurus. Como só foi incluída uma das cinco espécies do gênero, é claramente necessário a inclusão de outras espécies contidas neste táxon, bem como alguns outros genes uma revisão das espécies contidas neste táxon, junto com análises de outros genes, a fim de resolver definitivamente o status taxonômico de Propagurus.