Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Santos, Luciana Cavalcanti Maia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-20052015-090603/
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Resumo: |
No Nordeste do Brasil, o estuário do Rio São Francisco apresenta extensas áreas de manguezais (32 km2) cujos recursos são utilizados por populações humanas. Este estudo considerou a metodologia de sistemas sócio-ecológicos complexos para analisar a pesca nos manguezais desse estuário, com ênfase no caranguejo Ucides cordatus. Por meio da integração de dados de diferentes áreas (etnobiologia, levantamentos socioeconômicos, estrutura populacional do caranguejo, características da vegetação, arranjo espacial da paisagem, sensoriamento remoto e geoprocessamento) em uma análise multicritério foi determina e mapeada a aptidão dos manguezais para a conservação e a pesca dessa espécie. Uma diversidade de recursos pesqueiros do manguezal (por exemplo, peixes, caranguejos e moluscos), constitui a principal base da economia de subsistência local, em que o caranguejo U. cordatus é o mais importante. As populações locais possuem um vasto conhecimento sobre o tamanho populacional e corporal, ciclo de vida, diferenciação sexual e habitat dessa espécie, e aplicam práticas conservacionistas no uso da redinha. A estrutura populacional do caranguejo revelou um alto potencial pesqueiro, com maior abundância de caranguejos de tamanho comercial do que os de tamanho não comercial. Os manguezais mais aptos para a conservação de U. cordatus (9,4 km2) estão localizados próximos à foz e apresentam alta abundância de caranguejos não comerciais, baixa densidade de caranguejos comerciais e baixo grau de utilização para a pesca. Os manguezais mais aptos para a pesca (10,2 km2) estão distantes da foz e apresentam alta abundância de caranguejos de tamanho comercial, baixa densidade de caranguejos em tamanho não comercial, caranguejos grandes, médio a alto grau de uso e estão próximos aos povoados. Os mapas de aptidão gerados podem auxiliar as agências governamentais no delineamento de áreas extrativistas e de exclusão da pesca, como sugerido no Plano Nacional de Gestão para o Uso Sustentável do Caranguejo-uçá |