Avaliação da técnica de réplica para análise in vitro e in vivo das alterações da superfície da dentina hiperestésica e tratada com oxalato de potássio.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Martineli, Ana Christina Bonato Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25131/tde-25042005-104716/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar in vitro e in vivo, através de uma técnica de réplica associada à microscopia eletrônica de varredura (MEV), as características e modificações da superfície da dentina hiperestésica e tratada com um agente dessensibilizante à base de oxalato de potássio. O estudo in vitro foi realizado utilizando-se discos de dentina, cuja superfície foi condicionada com ácido cítrico a 6%, coberta com smear layer artificial e dividida em 4 quadrantes. A smear layer foi mantida no quadrante 1, considerado o controle para a dentina não exposta. Os quadrantes 2, 3 e 4 de cada disco foram recondicionados com ácido cítrico a 6%, e o oxalato de potássio foi aplicado nos quadrantes 3 e 4. O quadrante 4 foi, então, novamente condicionado com ácido cítrico a 6%. Feita a moldagem com Aquasil ULV, removeu-se o disco do molde após 6 minutos. Decorridas 24 horas, uma resina epóxica de baixa viscosidade foi vazada sobre o molde, e deixada polimerizar por outras 24 horas. Os discos de dentina, moldes e réplicas de resina epóxica foram metalizados para análise no MEV. No estudo in vivo, os pacientes, cujos dentes caninos e pré-molares apresentavam lesões cervicais não cariosas e sensíveis aos estímulos sonda e/ou jato de ar conforme a Escala Visual Analógica (EVA), foram selecionados e divididos em 2 grupos. No baseline, após o registro da sensibilidade em ambos os grupos, a superfície de dentina foi limpa com hipoclorito de sódio a 1%, e 3 moldagens consecutivas foram realizadas, sendo a primeira para remoção de debris, e as outras, para obtenção das réplicas positivas e negativas. Os moldes foram armazenados por um período de 24 horas em local fechado, seco e limpo, e a resina epóxica foi, então, vazada. O Grupo 1 (16 dentes) recebeu 4 aplicações de Oxa-Gel® em intervalos de 7 dias. No Grupo 2 (7 dentes), nenhum agente antihiperestésico foi aplicado. Após 4 semanas, reavaliou-se o grau de sensibilidade, seguindo-se os mesmos procedimentos de moldagem e obtenção das réplicas, exceto a primeira moldagem. Todos os espécimes foram metalizados para análise no MEV. No estudo in vitro, a comparação das fotomicrografias dos discos de dentina e seus respectivos moldes e réplicas mostrou que essa técnica pode reproduzir as características da superfície dentinária tratada com oxalato de potássio. No estudo in vivo, as réplicas positivas não forneceram detalhes como no estudo in vitro. Por outro lado, as réplicas negativas favoreceram a análise das características da superfície da dentina hiperestésica, do efeito do oxalato de potássio, e das modificações que ocorreram na superfície dentinária no Grupo 2. A análise das fotomicrografias possibilitou o estabelecimento de uma correlação entre a presença de túbulos dentinários e o grau de sensibilidade relatado pelos pacientes nas diferentes situações. Os resultados demonstraram que a técnica de réplica negativa pode ser um recurso complementar confiável para a avaliação clínica da hiperestesia dentinária.