Líquen plano oral associado a Hepatite C

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Camargo, Alessandra Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-20032015-154058/
Resumo: O presente estudo teve como objetivo verificar a associação entre o líquen plano oral (LPO) e a infecção de hepatite C (HCV) crônica em duas populações distintas do município de São Paulo. Foram avaliados um total de 308 pacientes distribuídos em dois grupos de estudo: grupo HCV composto por 275 pacientes (132 homens e 143 mulheres; idade média = 49,8 anos) com infecção de HCV crônica; e o grupo LPO composto por 33 pacientes (10 homens e 23 mulheres; idade média = 52,9 anos) com LPO. No grupo HCV o diagnóstico da infecção crônica foi estabelecido através de sorologia para anti-HCV (MEIA, kit AxSYM® HCV version 3.0, Abbott Laboratories, North Chicago, Illinois) confirmado pela pesquisa de RNA-HCV através do teste PCR qualitativo (Cobas Amplicor HCV MonitorTM test, version 2.0, Roche Diagnostic Systems, NJ, USA). No grupo LPO o diagnóstico para lesões orais seguiu critérios estabelecidos pela World Health Organization (WHO) em 1978 e posteriormente modificados por van der Meij e van der Waal em 2003. Como critérios de exclusão para o grupo HCV pacientes que fizeram uso de interferon e/ou ribavirina por um período menor que 6 meses foram excluídos do estudo, assim como pacientes que encontravam-se em terapia antiviral para HCV. Neste grupo a presença de co-infecções - HIV, HBV, HTLV - também foi desconsiderada. No grupo LPO pacientes com diagnóstico clínico sugestivo de reação liquenóide por uso a drogas (RLD) e reação liquenóide por contato (RLC) foram excluídos da amostra, assim como pacientes tratados local ou sistemicamente para LPO por um período menor que 6 meses. Casos com achados histopatológicos de displasia liquenóide também foram desconsiderados. Para análise dos resultados duas comparações foram efetuadas: (1) no grupo HCV a prevalência de LPO foi determinada e comparada com a prevalência de LPO em nossa instituição (grupo controle); (2) no grupo LPO a prevalência da infecção de HCV foi determinada e comparada com a prevalência da infecção de HCV na população de São Paulo. A prevalência de LPO em pacientes com HCV crônica (grupo HCV) foi de 2,18% e de 1,54% no grupo controle (P = 0,39). A prevalência de HCV crônica em pacientes com diagnóstico de LPO (grupo LPO) foi de 3,03% e de 1,42% na população em geral (P = 0,39). Nenhuma diferença estatisticamente significante foi verificada quando os grupos foram comparados. Em nossa análise não foi verificada associação entre o LPO e a infecção de HCV crônica, nas duas populações avaliadas no município de São Paulo.