Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pimenta, Isabela Cristina de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-24052023-105444/
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Resumo: |
Interações planta-herbívoro surgiram há aproximadamente 400 milhões de anos, essa relação pode impactar negativamente o sucesso reprodutivo das plantas. Os danos causados pelos herbívoros às plantas podem causar alterações em suas características florais, afetando indiretamente o comportamento de visitantes florais e reduzindo a frutificação das plantas. Além de poder prejudicar seu crescimento e reprodução, através da realocação de recursos. Diante disso, as plantas desenvolveram diversos mecanismos para se defender dos danos causados pelos herbívoros, um desses mecanismos é a defesa biótica fornecida por formigas. A defesa biótica consiste no mutualismo facultativo ou obrigatório que algumas plantas possuem com outros organismos, no caso das formigas, oferecem recursos e/ou abrigo em troca de proteção contra herbivoria, como é o caso de Banisteriopsis malifolia (Malpighiaceae). Esta planta estabelece uma relação mutualística com formigas, oferecendo néctar extrafloral em troca de proteção contra os ataques de herbívoros. Sendo assim, este estudo teve por objetivo verificar se a herbivoria foliar, em diferentes intensidades em B. malifolia, influencia seu sucesso reprodutivo e os padrões de secreção de néctar extrafloral; consequentemente alterando o forrageamento e atividade das formigas associadas. Os resultados mostram que B. malifolia responde a diferentes intensidades de dano foliar. Plantas com níveis intermediários de danos conseguem compensar os danos causados, produzindo inflorescências maiores e néctar extrafloral com maior concentração de açúcar, enquanto plantas com altos níveis de danos são as mais prejudicadas, demorando mais tempo para produzir inflorescências e flores, produzindo poucas inflorescências e, inflorescências, botões, flores e frutos menores. Além disso, o aumento na concentração de açúcar do néctar dos nectários extraflorais (NEFs) influenciou o padrão de forrageamento das formigas, mostrando que a cada uma unidade de aumento na concentração de açúcar do néctar, há um aumento de 1.03 de formigas na planta. Concluindo, este estudo mostra que a planta B. malifolia, responde a diferentes níveis de danos foliares e que isso afeta seus traços florais e sucesso reprodutivo. |