Entre o hospício e a cidade: exclusão/inclusão social no campo da saúde mental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Scarcelli, Ianni Regia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-01072019-170653/
Resumo: Contribuir para decifração de problemáticas concernentes à noção de exclusão social no campo da saúde mental, a partir do estudo de moradias para egressos de hospitais psiquiátricos. Os dados são provenientes de diário de campo e depoimentos gravados durante pesquisa em três cidades paulistas. A noção de exclusão social é problematizada em razão de sua nomeação freqüente em discursos e propostas políticas. Segregação espacial e exclusão urbanística são temas abordados, considerando-se como eixo central de discussão os \'sentidos do morar\'. No cotidiano de práticas em Saúde Mental, exclusão associa-se a banimento do convívio social e se amplia para questões sociais discutidas nos âmbitos definidores de políticas. Porém esta ampliação não traz diferença significativa às formulações políticas para além dos sentidos usuais da questão da diferença. Os sentidos do morar, expressos em grupos populacionais diversos e, singularmente, pelos sujeitos, encaminharam a discussão para problematização de políticas e práticas. Estas, quando desconsideram a diversidade de experiências, tendem à reprodução da lógica manicomial que propõem superar, mesmo a partir de propostas nomeadas como \'inclusivas\'. O trânsito entre egressos do manicômio e moradores da cidade, entre áreas do conhecimento e diversidade das práticas, apresenta-se como uma das possibilidades de ruptura com o circulo vicioso que rearticula práticas e discursos tradicionais da psiquiatria. A indagação sobre \'modos de viver\' possibilita recuperar parte da história dos costumes que se perderam com o processo de urbanização; leva-nos a situar questões emergentes no campo da saúde mental junto ao contexto dos problemas das cidades no mundo contemporâneo