Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Sangiorgi, Maria Luiza Prudente de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-22082017-160941/
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Resumo: |
Introdução: A remoção dos pelos pubianos de forma parcial ou total é feita atualmente em larga escala pelas mulheres, uma prática que pode ter repercussões clínicas para a saúde genital e sexual. A tendência estética, a crença na melhoria da higiene genital ou a preferência masculina parecem influenciar essa prática. No entanto, existem poucos estudos sobre essa temática. Objetivos: Avaliar a preferência masculina e feminina sobre a extensão da depilação genital na mulher, bem como verificar se a extensão da depilação genital feminina tem associação com sintomas genitais e práticas sexuais. Métodos: Estudo transversal em que foram convidados homens e mulheres maiores de 18 anos, através da divulgação no blog oficial do Ambulatório de Estudos em Sexualidade Humana, para responderem anonimamente ao formulário on-line autoaplicável \"Formulário - Preferência sobre a Depilação Genital Feminina\", de autoria dos pesquisadores. Os dados obtidos foram acessados através da tabela criada com as respostas pela ferramenta Google Drive e armazenados em um banco de dados criado com auxílio do software Microsoft Excel 360. As análises foram feitas no programa SAS versão 9.3 e tabelas de contingência foram construídas para verificar a distribuição entre as variáveis. Análise estatística univariada foi realizada com o teste qui-quadrado de Pearson, e foram consideradas significativas as diferenças para p < 0,05. Resultados: Ao se aplicar os critérios de inclusão e exclusão deste estudo, obteve-se 69.920 sujeitos (17.133 homens e 52.787 mulheres). A média de idade dos sujeitos foi de 31,9 anos entre os homens e 28,5 entre as mulheres. A maioria das mulheres (64,3%) e dos homens (62,2%) preferiram a genitália feminina completamente depilada. Em mulheres e homens foi observado tendência de redução da preferência pela depilação completa e aumento da preferência pela parcial juntamente com o aumento da idade e nível de escolaridade. Entre as mulheres, 65% relataram sentir prurido, vermelhidão, pelo encravado e/ou outro sintoma clínico após a depilação. A maioria das mulheres afirmaram se depilar em casa (55,8%), 44,4% delas utilizaram cera quente e 40,1% utilizaram lâmina de barbear. Grande parte das mulheres (44,7%) e dos homens (50,1%) alegaram ter frequência sexual de 2 a 3 vezes por semana e a porcentagem de sujeitos que preferiram a remoção completa aumentou com o aumento da frequência sexual. Em todas as regiões do Brasil a depilação genital total foi preferida. Conclusão: Mulheres e homens brasileiros, em geral, preferem a genitália feminina completamente depilada, indicando que, aparentemente, a difusão da depilação completa genital na mulher é também por uma demanda do sexo masculino. Essa preferência é mais acentuada em indivíduos mais jovens. A remoção total dos pelos da genitália feminina é mais preferida por mulheres e homens com maior frequência sexual, assim como por mulheres que estão mais satisfeitas com a aparência de seus órgãos genitais e sentem desejo sexual mais frequentemente. Não foi observada a associação entre a extensão da depilação genital feminina e a presença de sintomas genitais. |