Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Natália de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-29012024-085123/
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Resumo: |
Os testudíneos (jabutis, cágados e tartarugas-marinhas) somam pouco mais de 350 espécies viventes e seus representantes são facilmente reconhecidos pela presença de carapaça e plastrão. O grupo é subdividido quanto ao tipo de retração do pescoço em Cryptodira e Pleurodira, sendo que este apresenta retração lateral. O tamanho corporal dos pleuródiros adultos varia entre 12 cm e pouco mais de 100 cm de comprimento de carapaça nas espécies viventes, mas chega a 280 cm quando se inclui a diversidade fóssil. O presente trabalho tem como objetivo entender como a variação do tamanho em Pleurodira evoluiu ao longo do tempo e do espaço, e inferir os fatores determinantes desta variação. Para isso, o trabalho foi dividido em dois capítulos. O primeiro trata-se de uma revisão bibliográfica que identificou e analisou 17 trabalhos científicos sobre tamanho corporal em Testudines. Grande parte desses estudos estão relacionados ao grupo Cryptodira (12), apenas um com uma espécie de Pleurodira, e quatro estudos realizados com ambos os grupos (Cryptodira e Pleurodira). Os principais fatores elencados nesses trabalhos como tendo o potencial de influenciar no tamanho corporal em Testudines são relacionados a interações ecológicas e fatores ambientais, como disponibilidade de alimento, tipo de habitat, pressão de caça, predação, fatores climáticos e hidrodinâmicos. Além disso, a maioria dos trabalhos (11) versa sobre uma única espécie e apenas cinco levaram em conta aspectos filogenéticos e/ou macroevolutivos. No segundo capítulo, foram obtidos dados sobre o tamanho das espécies extintas e viventes de Pleurodira e sobre os seguintes parâmetros ambientais: latitude/paleolatitude, temperatura/paleotemperatura e habitat ocupado, por meio da revisão de bases de dados e artigos científicos. Todos os testes foram realizados no ambiente computacional R e incluem testes de correlação filogenética (pGLS). As análises entre tamanho corporal e as variáveis ambientais latitude e hábitat não mostraram correlações significativas. As análises utilizando a latitude também foram conduzidas por subgrupos de pleuródiros, e não houve resultados significativos, exceto quando incluímos os fósseis para Chelidae e Pan-Chelidae, e Podocnemididae. Quanto aos hábitats, ainda que os pleuródiros viventes ocupem ambos os tipos de ambientes, existem espécies de Chelidae e Pelomedusidae que são restritas a ambientes lênticos, enquanto espécies de Chelidae são restritas a ambientes lóticos; por outro lado, Podocnemididae não possui espécies de hábitos exclusivamente lótico ou lêntico. Em relação à temperatura, o tamanho corporal de cada táxon foi subdividido em médio, mínimo, máximo e disparidade através do tempo, e as análises demonstram não haver uma relação significativa entre tais variáveis. Em geral, os resultados apresentados neste estudo revelam informações importantes sobre a evolução das tartarugas Pleurodira e destacam a complexidade da interação entre as características morfológicas e diferentes fatores ambientais para este grupo. |