Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Moser, Laís Campos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-12012023-121700/
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Resumo: |
A comunicação no âmbito das organizações faz-se indispensável. Neste contexto, estão também as universidades públicas, que por seu caráter de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, por sua natureza de englobar públicos diversos, relacionar-se com inúmeros outros públicos de interesse e causar impacto direto na sociedade, entre outros motivos, têm a comunicação como elemento fundamental de sua estrutura. E a divulgação científica, pautada nos princípios da comunicação pública da ciência (CPC), assume um papel determinante na comunicação entre universidade e sociedade, sobretudo diante de um cenário marcado pela pandemia de Covid-19, por processos de desinformação e necessidade de reafirmação da importância das universidades no debate público. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo compreender o panorama da comunicação pública da ciência e da divulgação científica realizada pelas universidades públicas (federais e estaduais) situadas no Sul do Brasil, a partir de suas estruturas centrais de comunicação. Após revisão bibliográfica no campo da comunicação organizacional, comunicação pública, comunicação pública da ciência, divulgação científica e comunicação nas/das universidades, a metodologia da pesquisa desenvolve-se por meio de uma pesquisa qualitativa, tendo como técnicas de pesquisa análise documental, pesquisa descritiva e exploratória e entrevistas em profundidade. Foram analisadas 20 universidades públicas (federais e estaduais) localizadas na região Sul, no que diz respeito aos seus Planos de Desenvolvimento Institucional (PDIs), Políticas de Comunicação, ações desenvolvidas e à percepção de gestores, profissionais de comunicação e coordenadores de ações em relação ao tema. Os resultados indicam que ainda há um caminho a avançar na institucionalização e desenvolvimento de ações nesta área. Apenas quatro das universidades analisadas trazem em seus PDIs a divulgação científica relacionada de forma mais ampla, estratégica e sistematizada com a área de comunicação (em comparação às demais); apenas sete possuem Política de Comunicação; e cinco desenvolvem projetos específicos e sistematizados de divulgação científica a partir de suas estruturas centrais de comunicação, além de uma outra universidade cujo projeto está centrado na Pró-reitoria de Extensão e Cultura. Percebe-se, também, que não necessariamente há uma correspondência entre institucionalização por meio dos documentos (PDIs e Políticas) e desenvolvimento de ações. Por fim, as entrevistas apontam para desafios múltiplos, como pouca estrutura de pessoal, alto fluxo de demandas, concorrência com outros enfoques de divulgação e demandas das gestões políticas das universidades, especificidades na produção de conteúdos de divulgação científica, desafios no contexto das novas mídias e narrativas, e necessidade de institucionalização da comunicação. As entrevistas apontam, também, para o reconhecimento da importância da divulgação científica e da comunicação pública da ciência, apesar dos grandes desafios de colocá-las em prática, sobretudo no que diz respeito à CPC. |