Controle de estímulos e respostas ao estresse no modelo de recaída ao álcool \"cue-induced

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Galesi, Fernanda Libardi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-20102014-151332/
Resumo: O modelo de recaída cue-induced é comumente utilizado para o estudo da recaída ao uso de drogas causada pela exposição dos animais à estímulos ambientais previamente associados à droga. Quando o álcool é a droga a ser estudada, um estímulo contextual (S) e um reforçador condicionado (Sr) são os estímulo frequentemente associados ao seu consumo. Embora esse modelo seja consolidado na área, sua validade de constructo vem sendo criticada; entre essas críticas estão o fato de que apenas o Sr adquire controle sobre a resposta de procura pela droga, além de que pouco se sabe sobre os sistemas neurais envolvidos nessa recaída. Portanto, este trabalho teve como objetivo principal avaliar o papel dos processos operantes no procedimento do modelo de recaída ao uso de álcool cue-induced, além de avaliar a participação de sistemas neurais ligados ao estresse nessa recaída. Ainda, este trabalho teve como objetivo melhorar o procedimento desse modelo animal. Os experimentos apresentados no Capítulo 1 tiveram como objetivo melhorar o controle exercido por S sobre a recaída, aprimorando o modelo, além de avaliar processos de aprendizagem associativa que ocorrem nesse modelo. Dois experimentos foram realizados para atingir esses objetivos. No primeiro, dois grupos de ratos foram treinados no modelo cue-induced, porém um grupo foi treinado sob o esquema de razão fixa 1 (FR1) e o outro sob o esquema de razão variável 5 (VR5). No segundo experimento, os ratos foram treinados nesse modelo, porém os estímulos S e Sr foram apresentados separadamente na fase de treino. Os resultados desses experimentos indicaram que o treino separado foi eficaz em melhorar o controle de S sobre a recaída e que a troca de esquema de reforço não foi eficaz para aumentar esse controle. Os resultados também mostraram que quando os estímulo são treinados em conjunto o Sr sombreia o S e quando eles são treinados separadamente e testados como um composto ocorre somação. Os experimentos apresentados no Capítulo 2 tiveram o objetivo de avaliar se eixos neurais ligados à resposta ao estresse estariam envolvidos na recaída mimetizada pelo modelo cue-induced. Ratos Marchigian Sardinian Preferring (msP) e Wistars foram treinados no modelo cue-induced e, na fase de testes, Antalarmin, Metirapona e corticosterona (CORT) foram injetados i.p. nos animais. Os resultados mostraram que o Antalarmin (dose 20 mg/kg) bloqueou a recaída em ambas as cepas, que a Metirapona (doses 50 mg/kg e 100 mg/kg) bloqueou a recaída nos ratos msP e apenas a dose de 100 mg/kg bloqueou a recaída nos ratos Wistars e que a CORT não teve efeito na em nenhuma das cepas. Esses resultados mostraram o procedimento do modelo de recaída cue-induced pode ser aprimorado principalmente no que tange ao controle do S sobre a recaída. Os resultados também mostraram que respostas ao estresse influenciam a recaída observada nesse modelo