Aedes Albopictus e outros mosquitos (Diptera: Culicidae) em bromélias terrestres em Ilhabela, litoral do Estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Marques, Gisela Rita de Alvarenga Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-26032020-115933/
Resumo: Objetivos. Estudar o significado epidemiológico de Aedes albopictus colonizar bromélias terrestres em ambientes distintos. Registrar a fauna de culicídeos, sua diversidade e dominância. Sua presença e densidade são analisadas em relação a parâmetros como volume de água nos tanques, temperatura atmosférica e precipitação pluviométrica. Material e métodos. Foram realizadas coletas quinzenais de formas imaturas de culicídeos, no período de março de 1998 a julho de 1999, em tanques de bromélias localizados nos ambientes urbano, periurbano e mata; o conteúdo aquático das plantas foi medido e registrado. Resultados. Foram coletados 31.134 culicídeos imaturos. Culex (Microculex) pleuristriatus foi a espécie dominante nos ambientes urbano e periurbano. Na mata, a dominante foi Culex ocellatus, ambiente que apresentou o maior índice de diversidade de culicídeos. Ae. albopictus apresentou nas bromélias de ambiente urbano os maiores percentuais de positividade e densidade; constatou-se ainda preferência pelas bromélias com maior volume de água. Para Anopheles cruzii foi observada tendência inversa. A análise de regressão mostrou associação entre número de bromélias positivas para Ae. albopictus com as variáveis volume de água e temperatura nos ambientes urbano e periurbano. Quanto ao número de imaturos, também foi encontrada associação com as variáveis volume, temperatura no meio urbano e periurbano. Discussão e Conclusões. As diferentes densidades com que Ae. albopictus ocorreu nos ambientes estudados demonstram sua elevada capacidade de invasão a novos habitats. Embora Ae. albopictus não seja considerada espécie específica de bromélia, apresentou maior número de imaturos por planta do que An. cruzii. Recomenda-se intensificar a vigilância entomológica nesses criadouros, dada a sua capacidade de traduzir-se em recipiente permanente para proliferação desse mosquito, principalmente em ambiente urbano. A presença de Ae. albopictus em bromélias localizadas em área preservada da Mata Atlântica poderá resultar em agravo à saúde.