Epistemologias negras na escola: a ruptura do silêncio e o emergir de novas identidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lima, Lidiane Pereira da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-28062024-164253/
Resumo: Essa pesquisa investiga o papel da instituição escolar na construção das identidades raciais e o modo como elas têm sido fabricadas e pensadas no Brasil. Trabalhou-se com a hipótese de que a escola, enquanto instituição a serviço do Estado, manteve historicamente o substrato psicológico responsável pelo surgimento de identidades narcísicas, autoritárias e preconceituosas, ao alimentar a lógica binária de mundo por meio de um currículo monocultural, no qual uma identidade se sobrepõe a outra, e assim, pereniza as assimetrias raciais. Essa dissertação consiste em um esforço de descrever, sistematizar e refletir sobre um conjunto de experiências pedagógicas, ancoradas na lei de Diretrizes e bases 10.639/03, portanto subsidiadas pelo conjunto de saberes produzidos pela população negra, com o objetivo de ratificar o que o Movimento Negro têm dito há décadas a respeito de como a inclusão da história e da cultura negras no currículo escolar é capaz de impedir o surgimentos de identidades antagônicas, desfazendo as hierarquias entre elas. Viabiliza-se assim o surgimento de novas identidades, que não tenham egos deprimidos, nem egos inflados, como nos coloca Sueli Carneiro. Para tanto, fazemos o relato de quatro práticas pedagógicas, realizadas no chão da escola pública, com estudantes do ensino fundamental II, dentro do currículo de Língua Portuguesa, sinalizando uma possibilidade de como a escola pode atuar a fim de construir egos coloridos