Estoque de carbono e nutrientes no solo em áreas sob intensificação de pastagem e expansão de cana-de-açúcar no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Canisares, Luiza Pecci
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-26042023-155050/
Resumo: A capacidade de adicionar carbono orgânico no solo, chamada de sequestro de carbono, vem sendo estudada como uma das formas de mitigação das mudanças climáticas. Esse processo aumenta os estoques do elemento no solo e pode ser decorrente de mudanças no uso e manejo da terra. O acúmulo não só de carbono, mas de outros nutrientes podem alterar atributos físicos e químicos do solo e podem ser utilizados como indicadores de qualidade do solo. Neste estudo, foi avaliado como o manejo e a mudança nos usos da terra afetaram os estoques de carbono e nutrientes do solo, os resultados foram comparados com suas respectivas áreas de vegetação nativa. Assim, esse trabalho fornece subsídios consistentes para auxiliar na avaliação da sustentabilidade dos sistemas de produção agrícola. Neste sentido, objetivo deste estudo foi investigar como os diferentes usos e manejos do solo influenciam a dinâmica dos nutrientes no solo, através de uma avaliação detalhada nos estoques de carbono, nitrogênio, cálcio, magnésio e potássio e no teor de fósforo orgânico. As etapas do trabalho compreenderam estimar os estoques de carbono e macronutrientes mencionados acima em solos sob vegetação nativa (VN) (floresta Ombrófila Semidecídua Estacional), cana-de-açúcar (CN), pastagem com baixa lotação animal (PE) e pastagem intensiva com alta lotação animal (PI) em duas áreas experimentais localizadas respectivamente na Unidade de Pesquisa de Desenvolvimento de Brotas, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA, Brotas, SP, Brasil) e a segunda, localizada em Salto de Pirapora, próxima ao campus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR, Sorocaba, SP, Brasil). Amostras de solo foram coletadas até 50 cm de profundidade. Em Brotas, os estoques de todos os elementos foram menores na floresta, com a mudança no uso da terra houve ganho de aproximadamente 19,7; 19,5 e 14 Mg ha-1 de C, 1,6; 1,5 e 1,2 Mg ha-1 de N, 1,4; 1,6 e 1,3 Mg ha-1 de Ca, 0,8; 1,0 e 0,7 Mg ha-1 de Mg e 0,3; 0,2 e 0,25 Mg ha-1 de K, respectivamente nos tratamentos PE, PI e CN, em relação a vegetação nativa da área na camada de 0-50 cm. Em Salto de Pirapora, observamos o oposto, com a mudança no uso da terra a maioria dos estoques foram maiores na floresta, o saldo foi de aproximadamente 2,1; -2,4 e 4,5 Mg ha-1 de C, 1,9; 1,3 e 1,8 Mg ha-1 de N, 3,4; 3,1 e 2,5 Mg ha-1 de Ca, 0,4; 0,16 e 0,2 Mg ha-1 de Mg e 0,3; 0,08 e 0,25 Mg ha-1 de K, respectivamente nos tratamentos PE, PI e CN, em relação a vegetação nativa da área na camada de 0-50 cm. A área de vegetação nativa localizada em Brotas sofreu perturbação, além disso, os solos das duas áreas experimentais são distintos, impossibilitando a comparação entre elas e dificultando a comparação dos resultados obtidos