Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Romcy, Georgia Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-15062018-134018/
|
Resumo: |
Este estudo discute a formação em saúde, utilizando como cena os programas de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS), modalidade de pós-graduação lato sensu, com duração de 2 anos e caracterizada pela multiplicidade de arranjos de seus processos formativos. Entendemos a RMS como uma invenção, e por isso a discutimos a partir de uma exercício genealógico, reconhecendo as forças que se apropriam de determinados conceitos, as disputas produzidas e os valores construídos em diferentes contextos. Além disso, discutir outros modos de formação significa pensar em novas apostas, de forma que dialogamos neste estudo sobre o que estamos chamando de Formação (In) Comum, utilizando conceitos-ferramentas: transversalidade, trabalho vivo em ato e produção do comum. Assim, esta pesquisa tem por objetivo compreender como o processo formativo de residência multiprofissional em saúde, está sendo construído e vivenciado, na perspectiva da produção do comum, tendo como campo de pesquisa os Programas de Residência em Rede de Atenção Psicossocial da Universidade Federal de São Paulo campus Baixada Santista e de Residência em Saúde da Família da Universidade Estadual de Londrina. A abordagem utilizada foi a cartografia, enquanto uma estratégia de encontro com o(s) outros(s), ao experienciando, construindo percursos acompanhados dos efeitos que eram causados na pesquisadora, nos sujeitos, no campo e na própria produção da pesquisa. O principal sujeito de pesquisa foi a \"equipe-guia\", em cada um dos programas que se constituem como campo de pesquisa, no qual o processo formativo das residências multiprofissionais em saúde será investigado sob o olhar desses sujeitos, das suas histórias, suas relações, suas escolhas e caminhos. Foram realizadas conversas com residentes, preceptores, tutores e coordenadores, da observação participante, acompanhando o cotidiano desses atores nesse processo formativo, em seus mais diversos espaços e da análise de documentos. Construímos três analisadores, a partir da vivências e do diário de campo, para discutir a produção do comum nos programas de RMS: os cenários de prática em que as residências acontecem, incluindo aqui a preceptoria; os próprios programas em si e seus instituídos e instituinte; e os dispositivos de produção do comum produzidos em cada programa. Por entendermos que não somente cada programa se configura de forma distinta, mas que a Saúde Mental e a Saúde da Família se configuram de formas singulares, os serviços e seus arranjos também se apresentam assim, bem como as apostas dos programas e a própria vivência formativa. Entendemos que as cenas de produção do comum nos programas de RMS são fortemente marcado pelos cenários de prática, sendo essa produção de subjetividade da equipe-guia da RMRAPS/UNIFESP marcada pela desinstitucionalização, a luta antimanicomial, a construção de equipe e o usuários e a da equipe-guia da RMSF/UEL pelo território, as ações programáticas, a criticidade dos processos e a comunidade. Além disso, outras forças presentes em ambos os processos formativos, cada uma a sua forma, são a necessidade de saúde dos usuários/comunidade, a produção do cuidado e a defesa pelo processo formativo. Neste sentido, os processos de formação da residências multiprofissional em saúde podem potencializar produção de subjetivação não somente atravessada pelos princípios do SUS e pelos saberes dos núcleos profissionais, mas também pelos campos de atuação. |