Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Fabiana Maria de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17131/tde-16122024-110056/
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Resumo: |
Inicialmente, duas atividades hidrolisadoras foram identificadas e parcialmente caracterizadas em Mucor rouxii. Uma apresentou pH ótimo 4,5, temperatura ótima 40ºC e elevada estabilidade térmica (12 min a 40ºC). Localizada no periplasma, os efeitos da adição de cálcio, EDTA e ATP mostraram-se irrelevantes da mesma forma que o processo de fosforilação in vitro por ATP e Mg2+ na presença de cAMP. Essa enzima foi reprimida por glicose e induzida por trealose. Em função dessas características foi denominada trealase ácida. A outra enzima encontrada exibiu um pH ótimo de 6,5, temperatura ótima de 35ºC e baixa estabilidade térmica (3 min a 45ºC). Tipicamente citossólica e fosforilável, sua atividade foi estimulada por cálcio e inibida por EDTA e ATP. Denominada neutra, sua atividade foi determinada em esporangiósporos, nos quais a enzima exibiu relevante ativação por fosforilação (2,3 vezes), bem como estimulação por cálcio (2-3 vezes) e inibição por EDTA. O efeito da densidade celular mostrou estar associado ao metabolismo de trealose, evidenciado pelo acúmulo de trealose por culturas de alta densidade, mesmo na presença de glicose extracelular. A trealose teve seus estoques mobilizados somente após a diluição e adição de nutrientes. Culturas miceliais estacionárias de 24 e 48 h exibiram acúmulo de trealose, mediante adição de glicose e/ou casaminoácidos. A avaliação do meio de cultivo de culturas densas revelou a provável existência de fator(es) extracelular(es) capaz(es) de impedir o desenvolvimento do tubo germinativo, num efeito dependente da concentração. Ácido acético, mas não ácido cítrico, foi capaz de mimetizar esse efeito. A dependência de cálcio de atividade trealásica neutra e o nível de trealose variaram de acordo com a densidade da cultura. A mobilização da trealose foi concomitante ao acúmulo de glicerol na retomada do crescimento. O acúmulo de trealose durante o choque térmico, seguido de ativação da trealase neutra com retomo a temperaturas normais, pôde ser observado. Este trabalho constitui a demonstração da coexistência de duas trealases em M. rouxii, bem como a participação da trealase neutra em eventos como germinação, retomada de crescimento e situações de estresse. |