Efeito do fornecimento de colostro bovino liofilizado e caprino sobre o epitélio intestinal de caprinos recém-nascidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Nordi, Wiolene Montanari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-14022011-084737/
Resumo: Foi avaliado o fornecimento do colostro bovino liofilizado como alternativa de fonte inicial de imunoglobulinas para caprinos recém-nascidos bem como as características histológicas, considerando avaliações histomorfométricas, estereológicas, imunohistoquímicas e o número de células caliciformes no epitélio intestinal destes animais. Foram utilizados dois grupos de 15 cabritos, que receberam 5% do peso vivo de colostro bovino liofilizado (CBL) ou colostro caprino (CC), com 55 mg/mL de imunoglobulina G, às 0, 7 e 14 horas de vida. Amostras do duodeno, jejuno médio e íleo foram coletadas às 18, 36 e 96 horas de vida para análises histológica e imunohistoquímica. Três animais foram sacrificados logo após o nascimento, constituindo o grupo zero hora. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, sendo as variáveis morfométricas consideradas em arranjo fatorial 2x3+1, tendo como efeitos principais os dois tipos de colostro, os três horários de abate e o grupo zero hora. A concentração de IGF-I no colostro bovino liofilizado e colostro caprino foi de 158,71 e 356,32 ng/mL, respectivamente. A altura das vilosidades no jejuno mostrou-se superior (P<0,05), apresentando vilosidades 30,7% e 24,2% mais altas do que o duodeno e o íleo às 36h, respectivamente. O duodeno, às 18h, apresentou profundidade das criptas 48,4% maior que o jejuno e, às 96h as criptas duodenais mostraram-se 23,2% maiores que as criptas do íleo (P<0,05). No jejuno, as criptas apresentaram-se mais profundas às 96h (P<0,05) do que nos outros horários. A espessura da túnica muscular no jejuno apresentou-se mais espessa às 36 e 96h do que à zero h e mais espessa às 36h do que às 18h (P<0,05). No geral, jejuno e íleo, apresentaram túnica muscular menos espessa (P<0,05) que a encontrada no duodeno. Independente dos segmentos, às 96h a túnica muscular foi mais espessa que às 18h. O Vv da mucosa absortiva foi maior no jejuno, enquanto no íleo às 36h o Vv foi maior do que nos demais horários experimentais. Independente do segmento, às 36h o Vv foi 17,3% maior que às 96h. O número de células caliciformes no jejuno foi 78,6% menor às 18h (P<0,05) nos cabritos que ingeriram colostro caprino e 54,6% maior às 96h (P<0,05) nos animais que ingeriram colostro bovino liofilizado. Colostro bovino liofilizado pode ser utilizado como fonte de proteção passiva alternativa para os caprinos recémnascidos. O IGF-I presente no colostro não influenciou a morfometria entérica. O jejuno mostrou-se o segmento mais importante no processo absortivo de imunoglobulinas. A distribuição dos anticorpos internalizados pelo epitélio entérico mostrou-se relacionada aos segmentos do intestino e tempo de vida dos recém-nascidos, independente da fonte de anticorpos, bovina liofilizada ou caprina.