Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Dourado, Maria Teresa Garritano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-08122010-135132/
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Resumo: |
Conhecida como Guerra do Paraguai, Guerra da Tríplice Aliança e Guerra Grande, foi o conflito bélico de grande repercussão na história latino-americana quer quanto à mobilização, quer quanto à perda de homens. A longa duração da guerra, de dezembro de 1864 a março de 1870, analisada através de corpus documental expõe, de maneira brutal o tratamento dado aos soldados e demais participantes que lutavam não contra o inimigo comum paraguaio e sim pela sobrevivência nos campos de batalha: sem água e alimentos suficientes e adequados, sem instrumental médico-cirúrgico preparados para enfrentar as grandes batalhas que produziam milhares de feridos. Na capital do Império do Brasil e em outros portos das duas capitais aliadas como Buenos Aires e Montevidéu soldados recém-convocados, feridos e doentes transitavam sem qualquer orientação sobre cuidados sanitários e vacinação, disseminando, dessa forma, doenças muitas delas incubadas, que logo seriam transmitidas a milhares de outros soldados e civis nos campos de batalha e nas cidades para onde eram levados para tratamento. A concentração de grande massa de combatentes e não combatentes de um acampamento militar exigiu a necessidade de garantir a ordem e a disciplina. As deserções, os atos de covardia e de insubordinação, os homicídios, as brigas, os roubos, os atentados contra a propriedade, as violações e outros delitos estavam longe de serem raros, muito pelo contrário, eram bastante frequentes e constam numa profusa documentação. Analiso, além da fome e das epidemias, o funcionamento da Justiça Militar durante a Guerra do Paraguai em um acampamento do exército brasileiro e em navios da armada imperial onde se vivia sob indispensáveis regras disciplinares, muitas vezes quebradas, privilegiando fontes como memória de combatentes (oficiais e praças) e ordens do dia, entre muitas outras, em arquivos públicos e particulares. Investigo a origem dos batalhões de soldados e marinheiros destinados aos campos de batalhas, bem como o seu recrutamento e estratégias de resistência, analisando também as consequências que isso acarretou em todos os anos que durou a guerra. Procuro demonstrar que as penalidades eram resultantes diretas da fome e das doenças que grassavam nos acampamentos do exército e nos navios da esquadra imperial, interferindo, de maneira crucial, nos resultados da guerra. |