Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Naves, Carolina de Figueiredo Balieiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96131/tde-17072007-150840/
|
Resumo: |
Por causa da presença de informações assimétricas e de problemas como seleção adversa e moral hazard, o meio rural é pouco atrativo para o sistema financeiro vigente. Os mecanismos de seleção e monitoramento de clientes exibem custos altos, e, podem interferir no desempenho econômico de instituições financeiras. As instituições devem ser eficientes, e, trabalhar com baixas taxas de juros, de inadimplência, e de custos de transação, para serem auto-sustentáveis. As cooperativas de crédito rural, que não visam lucros, exercem taxas de juros e tarifas inferiores às cobradas pelo mercado. Foi objetivo dessa pesquisa analisar a sustentabilidade financeira das cooperativas de crédito rural. Por meio da revisão bibliográfica de teorias econômicas, de trabalhos científicos sobre custos de transação e capital social, verificou-se que alguns custos de transação são menores para as cooperativas, se comparadas com outras instituições financeiras, já que são formadas por produtores rurais de certa região, amenizando os riscos de suas transações. Além disso, certas peculiaridades das cooperativas são minimizadoras de dispêndios operacionais. Foi proposto um modelo, adaptado da análise de desempenho econômico de instituições financeiras, para análises verticais e horizontais de contas dos Balanços Patrimoniais e de Demonstrações de Perdas e Sobras das cooperativas de crédito rural. No estudo de caso da Credicitrus, a sua aplicação foi eficaz e permitiu o diagnóstico detalhado da situação financeira da cooperativa, em estudo, identificando indicadores importantes para sua auto-suficiência. Concluiu-se que as cooperativas de crédito rural devem apresentar taxas de inadimplência baixas, evolução positiva nas captações de recursos junto aos associados e, sobras, para futuros investimentos. Notou-se que o indicador de rentabilidade sobre o patrimônio líquido deve ser adaptado para as cooperativas de crédito rural, pois essas organizações não visam o lucro. Por fim, a partir do indicador break ? even self sufficiency, que deve se situar acima de um, é possível verificar se a cooperativa é capaz de arcar com os seus dispêndios, a partir de seus ingressos, caracterizando-a como uma organização auto-sustentável, o que foi verificado no estudo de caso. Foi um estudo específico, porém, o método adaptado e utilizado é perfeitamente aplicável para as demais cooperativas de crédito rural. Assim, pode ser utilizado por outras organizações, pelas Centrais e pelo Sistema Cooperativo como um método padrão para analisar a sustentabilidade financeira das cooperativas. Como sugestão ainda, seriam interessantes estudos de sustentabilidade das cooperativas de crédito rural em um cenário macroeconômico com diminuição de taxas de juros, o que, geraria maior competição dessas organizações com as demais instituições financeiras no país. |