A joia na poética de Caio Mourão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cattani, Ivete Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-22052023-104540/
Resumo: Caio Mourão atuou por mais de cinco décadas no campo das artes, particularmente da joalheria, e deixou um legado repleto de inventividade e irreverência. Mourão procurou devolver à joia o seu sentido de adorno e trouxe para a pauta de discussão o emprego de materiais tidos como menos preciosos. Ele realizou joias com poética inusitada ao transitar entre o ornamento e o objeto, a arqueologia e a modernidade. Sempre calcado em apurado conhecimento sobre a história da arte, visitou com sua obra as antigas civilizações, passou pela literatura, pela mitologia e pela ficção científica, entre outras tantas fontes motivadoras. Inserido na vanguarda dos anos de 1960, o artista intensificou a sua expressão através do convívio das joias com a intimidade das pessoas e, com isso, derrubou fronteiras, inverteu espaços e propôs metáforas com ousadia. Caio Mourão foi um dos protagonistas da inclusão da Exposição de Joias Artísticas no pavilhão da Bienal de São Paulo, em 1963. Este estudo de caso foi realizado por meio de revisão bibliográfica e coleta de dados no acervo pessoal do artista, documentação em arquivos históricos e depoimentos de contemporâneos de Caio Mourão. O resgate da trajetória do artista, iniciada na pintura na década de 1950, aspira contribuir com a construção da memória da nova joalheria feita no Brasil a partir dos anos de 1960 e demonstrar o protagonismo de Caio Mourão.