Explorações filosóficas da não-localidade em física quântica: desdobramentos do argumento de EPR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Godoy, Walquiria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
-
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-12112018-091007/
Resumo: Este é um estudo filosófico e histórico do argumento de EPR (1935), que defende que a mecânica quântica é incompleta, e tem sido alvo de intensos debates e críticas desde então. Examino a estrutura lógica do argumento, seguindo comentadores como McGrath, Chibeni e Wessels, e acompanho os primeiros debates envolvendo Einstein, Bohr, Schrödinger, Furry e Bohm. Estudando as primeiras tentativas de testar experimentalmente os chamados estados entrelaçados, aponto para as semelhanças entre a análise feita por Bohm & Aharonov (1957) do experimento de Wu & Shaknov (1950), para a polarização de raios gama, e a desigualdade de Bell (1964). O debate sobre incompletude se transformou com o trabalho de Bell, que obteve um dilema segundo o qual deve-se abandonar ou o realismo (uma tese filosófica) ou a localidade (uma tese física), ou seja, descartar teorias realistas locais. A partir deste dilema, e de um dilema derivado do trabalho de EPR, derivo um argumento a favor da não-localidade independente da tese do realismo.