Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mataveli, Guilherme Augusto Verola |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-03092019-182502/
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Resumo: |
No bioma Cerrado, a ocorrência das queimadas é uma importante perturbação estimulada pela natureza ou atividades antrópicas. Apesar do crescente esforço para monitorar o Cerrado, um estudo em escala de bioma para caracterizar a ocorrência das queimadas e quantificar e entender a variabilidade das emissões associadas às queimadas é necessário. Considerando sua extensão espacial, o uso de sensores orbitais é a abordagem mais efetiva para estabelecer tais padrões no bioma. O presente estudo objetivou caracterizar os regimes do fogo, precipitação e condição da vegetação no Cerrado, estabelecer padrões espaciais da ocorrência das queimadas e sua correlação com a precipitação e a condição da vegetação, caracterizar e encontrar tendências nas emissões de material particulado com diâmetro menor que 2,5 micrômetros (PM2,5m) associadas às queimadas no bioma utilizando produtos derivados dos sensores Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS), dados de precipitação do satélite Tropical Rainfall Measurement Mission (TRMM) e a ferramenta PREP-CHEM-SRC. O Cerrado foi, respectivamente, o primeiro e o segundo bioma brasileiro em que mais ocorreu área queimada e focos de calor, sendo que no bioma tais ocorrências são maiores durante a estação seca e na cobertura da terra savana. Os focos de calor se concentraram no norte do bioma, porém focos de calor mais intensos não se localizam necessariamente onde a concentração é maior. A análise espacial mostrou que valores médios/totais podem esconder alguns padrões, como para a precipitação, que tem a menor média em agosto, mas espacialmente o mínimo de precipitação neste mês foi encontrado em apenas 7% do Cerrado. Geralmente, existe uma defasagem de 2-3 meses entre o mínimo de precipitação e máximo de focos de calor e área queimada, enquanto o valor mínimo do índice Vegetation Condition Index (VCI) geralmente ocorre no mesmo mês que o máximo de focos de calor e área queimada. Em média, o Cerrado emitiu 1,08 Tg.ano-1 de PM2,5m associado às queimadas, contribuindo com 25% e 15% das emissões no Brasil e na América do Sul, respectivamente. A maioria das emissões se concentrou no fim da estação seca e na transição entre as estações. Anualmente, 66% das emissões ocorreram no uso savana, porém focos de calor detectados no uso floresta ombrófila densa tendem a emitir mais do que os detectados no uso savana. Espacialmente, cada célula de 0,1º emitiu em média 0,5 ton.km-2.ano-1 de PM2,5m associadas às queimadas, sendo que foram emitidas até 16,6 ton.km-2.ano-1. Considerando o Cerrado como um todo, foi encontrada uma tendência negativa nas emissões anuais de PM2,5m associadas às queimadas que representa -1,78% da média anual de PM2,5m emitido pelas queimadas no bioma durante o período analisado. Já espacialmente foram encontradas tendências anuais que representam até ± 35% da média anual de PM2,5m emitido. |