Mercados urbanos e hibridação da cultura alimentar latino-americana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bitelli, Fabio Molinari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-03012023-172201/
Resumo: À luz do processo histórico-social, os mercados urbanos passaram por inúmeras ressignificações, seja no suporte para a produção das cidades, enquanto impulsionadores na formação de centralidades e/ou na manutenção de aspectos culturais ligados à alimentação. Pressupõe-se que os diferentes grupos étnicosociais oriundos principalmente de sucessivas ondas migratórias, ao praticarem tais espaços, contribuem para o processo de hibridação cultural. Logo, esta pesquisa multidisciplinar, de caráter qualitativo, apoiada na observação direta, entrevistas e coleta de campo, considerou como áreas de pesquisa para o estudo comparado, os mercados urbanos Kinjo Yamato e La Vega Central, respectivamente localizados nas regiões centrais das metrópoles de São Paulo (Brasil) e Santiago (Chile). Ambos surgiram a partir de feiras livres, cuja origem é manifestada na oferta diversificada de alimentos para o abastecimento urbano. O presente trabalho teve como objetivo identificar a cultura alimentar latino-americana consequente do processo de hibridação cultural. Para isso, conjugaram-se as transformações históricas e sociais, a análise do inventário de alimentos tradicionais e de produtos da terra disponíveis nos momentos das coletas e as contribuições ofertadas pelos depoimentos coletados com o apoio da técnica de história oral. Como resultados, descortinam-se a importância dos mercados para o abastecimento e para a reprodução urbana, ao ultrapassarem os novos modelos de comércio modernos, bem como para o desenvolvimento de territórios mercantis de alimentos em ambas as cidades da América Latina e, sobretudo, como locus do processo que produz o que esta pesquisa denominou como cultura alimentar híbrida que tanto representa a identidade, a manutenção ou surgimento de tradições quanto a resistência dos grupos suportada por suas culturas específicas.