Escola promotora de saúde: quem sabe faz a hora!

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Silveira, Ghisleine Trigo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-02042020-125449/
Resumo: A tese deste trabalho é a de que o processo de implementação de projetos de promoção de saúde nas escolas pode ser decodificado a partir das representações sociais que seus diversos protagonistas têm a respeito do que seja saúde, doença, promoção de saúde e, principalmente, das interseções a serem estabelecidas entre escola e promoção de saúde e da relação entre escola e comunidade. Ou seja, parte-se do princípio de que, à medida que se começa a desvendar o universo dessas representações sociais, pode-se vislumbrar as possíveis articulações entre elas e a prática cotidiana das escolas que resulta em ações efetivas de promoção da saúde. Para verificar se esta tese se sustenta, este estudo investigou como se dá, na prática, a implementação do projeto de uma escola promotora de saúde, identificando alguns aspectos desta implementação - tais como o perfil da direção da escola, a sua arquitetura e espaços pedagógicos, os seus padrões de rendimento escolar - e levantando as representações sociais dos protagonistas deste processo. O estudo realizou-se numa escola da rede estadual paulista, localizada na cidade de Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, que oferece Ensino Fundamental e Médio a, aproximadamente, 2000 alunos. A metodologia utilizada foi de orientação qualitativa, recorrendo-se ao aprofundamento das falas dos sujeitos, na perspectiva de compreender os significados por eles atribuídos às vivências experimentadas na escola e, com isso, a identificação das estratégias correlacionadas à efetiva promoção de saúde. Os dados obtidos por meio de entrevistas foram submetidos à análise, buscando-se as categorias principais nelas reveladas e suas expressões-chave. Chegou-se, finalmente, aos discursos do sujeito coletivo, ressaltando-se as estratégias e/ou variáveis que têm permitido à escola se caracterizar como promotora de saúde, segundo a concepção de promoção de saúde explicitada nos atuais parâmetros curriculares nacionais para o Ensino Fundamental. Em síntese, despontam como fatores fundamentais para que a escola se firme como promotora de saúde a sua efetiva capacidade de elaborar e implementar um projeto coletivo de trabalho - inclusive com a participação constante da comunidade - e o empenho e a habilidade de sua direção em liderá-lo, permitindo que a escola ofereça aos usuários ambientes físicos adequados e conservados, ensino de boa qualidade e vivência de práticas de saúde. Tais condições, por sua vez, asseguram que a escola funcione como uma referência de qualidade de vida para alunos, corpo docente e comunidade escolar, exigindo dela perseverança, compromisso, profissionalismo e seriedade.