Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Machado, Giovanna Cristina Conti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-10112022-161545/
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Resumo: |
Introdução: Os diversos eventos que circundam a internação de neonatos sob cuidados intensivos são estressores que, por si só, configuram em notícias difíceis para os familiares. Nesses momentos delicados, a carência de conhecimento de instrumentos para apoio aos profissionais ou de recomendações específicas para a comunicação de notícias difíceis no contexto retratado, pode gerar um quadro de ansiedade nos profissionais de saúde, além de ser prejudicial à criação de vínculo entre equipe e familiares. Objetivo: Compreender como ocorre o processo de comunicação de notícias difíceis na perspectiva dos receptores, os pais de neonatos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Método: Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado através de entrevistas semiestruturadas a pais de recém-nascidos internados em UTIN, com posterior análise temática dos dados obtidos. Foi realizada também, anteriormente às entrevistas, a aplicação da escala PSS:NICU, objetivando aproximar os participantes do objeto de pesquisa, além de observar a relação entre o estresse proveniente de fatores intrínsecos à UTIN e a concepção de notícias difíceis. Resultados: Das 21 entrevistas, emergiram sete temas, sendo: a. O que são notícias difíceis; b. Quando ocorre a comunicação de notícias difíceis; c. Como os familiares percebem a comunicação de notícias difíceis; d. O que são boas notícias para os pais e o que gostariam de ouvir; e. Qual a maneira ideal de comunicar uma notícia difícil; f. Sentimentos despertados pela comunicação de notícias difíceis; g. O papel da equipe multiprofissional na comunicação de notícias difíceis. Foi evidenciado que a sensibilidade quanto a COMO, QUANTO e QUANDO comunicar, são aspectos que humanizam e qualificam a comunicação. A definição, pelos familiares, do que são notícias difíceis e a compreensão pelo profissional do fluxo de informações tolerável para cada caso, são fatores que tornam o momento menos traumático. Também foi evidenciado que, a maioria dos aspectos negativos percebidos, advêm do escasso preparo/ treinamento dos profissionais acerca do tema. Quanto ao instrumento, as análises estatísticas evidenciaram que diversos elementos presentes na UTIN podem representar uma provável gravidade/piora do quadro de saúde do recém-nascido e, assim, podem ser considerados potenciais notícias difíceis devido ao impacto causado nos acompanhantes. Considerações Finais: Pelo relato dos pais, foi possível observar que ainda há uma carência no preparo da equipe para a comunicação, sendo esse despreparo notado, principalmente, no tocante ao acolhimento dos sentimentos derivados da interação. Além disso, a grande carga de estresse vivenciada pode ser prejudicada por uma equipe despreparada para realizar a comunicação das notícias difíceis e o acolhimento aos familiares. Independentemente do contexto em que a notícia é dada, é necessário que o profissional responsável pela comunicação seja capaz de utilizar-se de habilidades comunicacionais e interpessoais para que a mensagem seja recebida de maneira menos traumática, além de ser compreendida em sua totalidade. |