Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Zimermann, Patricia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-03072024-153035/
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Resumo: |
Esta tese de natureza exploratória e qualitativa pressupõe a comunicação como um fenômeno compreensivo, que requer escuta e interpretação. Investiga como as organizações, buscam silenciar, omitir/contornar controvérsias ambientais em estratégias de comunicação, tais como discursos legitimadores como forma de reforçar compromissos e função social. Um dos grandes problemas no mundo hoje é a incidência de lixo no mar. Essa questão é proporcionalmente grave quando as pesquisas relacionam o plástico como sendo o maior poluidor do Oceano, afetando recursos hídricos, a vida marinha, a saúde humana e a economia. Esta tese aplica-se sobre a interface entre Comunicação e Oceano em suas dimensões teóricas e práticas para evidenciar a importância da pesquisa e inovação responsável para a sustentabilidade em ESG, Environmental, Social, Governance (que em português significa ambiental, social e governança. Para tanto, o estudo é transversalizado nas políticas públicas e práticas organizacionais que se referem ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 Vida na água. Pretende-se discutir o lixo no mar e evidenciar o papel da Comunicação Organizacional no contexto da Década do Oceano. A metodologia adota uma perspectiva crítico-reflexiva, cujo corpus analítico é evidenciado em contexto brasileiro e holandês, nos compromissos assumidos por uma organização privada na Ocean Decade Alliance, tendo como foco o relatório de sustentabilidade a partir de critérios e descritores que permitam observar a construção oficial do discurso organizacional (Orlandi, 2020) sobre a abordagem desse fenômeno pela organização. A questão subjacente é compreender, pelas formas de produção de sentidos, como as práticas discursivas (Foucault, 1995) que se articulam com práticas econômicas, políticas e sociais no âmbito da Agenda 2030, se constituem discursivamente numa confluência de espaços e poderes nem sempre claros e visíveis. O referencial teórico-metodológico da Hermenêutica de Profundidade de John B. Thompson cuja sistematização, apoiada sobre a necessidade de uma análise crítica do caráter ideológico da comunicação de massa, proporcionou poderoso dispositivo para estimular a reflexão crítica e desvelar maneiras com que o sentido, atrelado às formas simbólicas da mídia, serve para legitimar relações de dominação. Para compreensão dos sentidos produzidos nos discursos, utilizamos a análise do discurso (AD) de linha francesa. Ao final, apresentamos, características, os tipos e as formações discursivas presentes na comunicação sobre o Oceano nas organizações e como a gestão de riscos sobre a água na Holanda, organiza e apoia o conhecimento, os serviços e produtos, gerando oportunidades entre ciência e inovação, processos decisórios para a mudança social alinhada às demandas do combate à poluição plástica no oceano. |