Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Marretto, Jésila Pinto Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-01122014-120544/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Embora Candida albicans continue sendo a espécie mais isolada na sepse fúngica do recém-nascido (RN), a recuperação de espécies não-albicans vem aumentando significativamente, sobretudo nos últimos anos. OBJETIVOS: Verificar a prevalência das espécies de Candida, principalmente do complexo C. parapsilosis em RN infectados por estes agentes, a apresentação clínica, o desfecho (alta ou óbito), o diagnóstico molecular e o perfil de susceptibilidade in vitro à antifúngicos. CASUISTICA E METODOS: Trata-se de estudo retrospectivo observacional, aprovado pelos Comitês de Pesquisa dos hospitais estudados na cidade de Cuiabá com ciência da CAPpesq do Hospital das clínicas da FMUSP. O período de análise dos dados registrados nos prontuários foi de 2006 a 2012 e foram incluídos 54 RN no estudo. Todos eles tinham hemocultura positiva para fungos e apresentavam sinais clínicos de sepse, segundo critérios de Goldstein et al. (2005) sem melhora com antibioticoterapia. Foram excluídos os RN com hemoculturas positivas para bactérias no mesmo período ou com hemocultura negativa. Para isolamento dos fungos foram utilizados a hemocultura para fungos, e nos casos de C. parapsilosis a caracterização molecular dos isolados foi realizada em duplicata, por reação em cadeia da polimerase (PCR) e o teste de susceptibilidade in vitro a antifúngicos foi realizado empregando-se o método do Etest. RESULTADOS: A prevalência geral foi de 1,66% IC 95% [1,25%; 2,16% ] e a de C. parapsilosis (lato senso) 0,77% (IC 95% [0,50% ; 1,14%]), superior ao observado na literatura. Do complexo C. parapsilosis foi identificada a C. orthopsilosis, isolada pela primeira vez na cidade do Cuiába em RN como agente etiológico de infecção. O encontro de C. orthopsilosis, em nosso estudo foi de 11,1% valor semelhante ao percentual isolado em outros estudos na América Latina. As manifestações clínicas em ordem de frequência foram hipertermia, hipotermia e plaquetopenia e nestes pacientes foi estatisticamente significante o uso de cateter venoso central (p < 0,001), nutrição parenteral (p < 0,001) e ventilação mecânica (p < 0,001). Todos os isolados de C.parapsilosis lato sensu apresentaram sensibilidade in vitro aos três antifúngicos testados (anfoterina B, micafungina, voriconazol). A taxa de mortalidade foi de 24%. CONCLUSÕES: O aumento da infecção fúngica nos RN internados nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais torna obrigatório este tipo de estudo, pois contribui para conhecer os aspectos epidemiológicos, os defechos clínicos (alta ou óbito), os fatores associados a este tipo de infecção além da susceptibilidade aos antifúngicos e são de grande importância para auxiliarem nos programas de controle de infecção hospitalar |