Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Mucci, Daniel Magalhães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-07032014-195820/
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Resumo: |
Esse estudo investiga a influência do estilo de uso do orçamento empresarial sobre as percepções de seus públicos usuários. O uso do orçamento segue o framework de Adler e Borys (1996) que trata do uso coercitivo e facilitador. As percepções dos usuários do orçamento perfazem a utilidade do artefato e o nível de críticas atribuídas. Essa análise retoma a discussão se o orçamento se caracteriza como um importante instrumento de gestão, tendo em vista diversos estudos que tem defendido sua melhoria (Activity-Based Budgeting) ou abandono (Beyond Budgeting). A discussão é baseada em um framework relativamente recente nas pesquisas de Controle Gerencial (Ahrens & Chapman, 2004) e com potencial para futuras pesquisas no contexto nacional e internacional. O modelo teórico e as hipóteses de pesquisa foram construídos com o objetivo de discutir a influência do uso do orçamento sobre a percepção de utilidade e o nível de críticas. Dentre as dimensões do uso coercitivo e facilitador se destacam a capacidade de reparo, a transparência interna, a transparência global e a flexibilidade. A percepção de utilidade envolve a utilidade para a gestão e relevância para tomada de decisão. O nível de críticas abrange os efeitos perversos, inadaptação ao ambiente, ritual e foco excessivo no curto prazo. A metodologia do estudo é um levantamento com gerentes de uma empresa brasileira de grande porte do setor elétrico (survey single entity). Foram realizadas nove entrevistas com gerentes da empresa e elaborado um questionário eletrônico aplicado a uma amostra de 72 respondentes de uma população de aproximadamente 180, abrangendo gerentes de diversas áreas da organização. As informações coletadas nas entrevistas foram analisadas qualitativamente e apresentadas de modo descritivo, caracterizando os entrevistados, sua interface com o processo orçamentário, além de suas percepções. Os dados coletados pelo survey foram submetidos a técnicas de estatística descritiva e multivariada de equações estruturais (MEE-PLS). Os respondentes tem em média 25 anos de empresa. A análise descritiva do uso do orçamento empresarial indica que, para as dimensões transparência interna e transparência global, o orçamento está mais próximo do estilo de uso facilitador e, pela capacidade de reparo e flexibilidade, mais próximo do uso coercitivo. Além disso, a percepção de utilidade do orçamento é levemente alta e o nível de críticas é baixo. Quanto ao modelo de equações estruturais, se constatou influência indireta do uso facilitador do orçamento sobre o nível de críticas. Pôde-se verificar que o estilo de uso facilitador do orçamento influencia positivamente a percepção de utilidade e negativamente o nível de críticas. Esses resultados não indicam, necessariamente, que o uso facilitador do orçamento seja \"melhor\" que o coercitivo. Na realidade, as empresas tem a liberdade de determinar a forma como pretendem utilizar esse artefato contábil, e ao mesmo tempo devem estar cientes de que essas escolhas influenciam as percepções dos gestores. O presente trabalho fornece indicativos de modelos presentes na literatura que propiciam uma melhor compreensão desses aspectos. |