O piano de Eunice Katunda: uma reflexão sobre a inter-relação entre atividade composicional e interpretativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cândido, Marisa Milan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-30062023-144846/
Resumo: A presente tese reflete sobre a atuação da brasileira Eunice do Monte Lima Catunda, conhecida no meio como Eunice Katunda (1915-1990), no cenário musical brasileiro e internacional do século XX. A investigação enfocou a obra para piano da compositora, problematizando sua relação como criadora musical com a própria atuação enquanto intérprete do piano, identificando e verificando em que medida estas atividades influenciaram uma à outra. A pesquisa foi realizada a partir das análises de quatro eixos principais que se interpenetram e auxiliam mutuamente: bibliográfica, documental, musical e interpretativa. A análise documental observou, primordialmente, programas de concerto, buscando revelar a natureza e a extensão de seu universo repertorial; a análise musical comparou os procedimentos adotados pelos compositores interpretados por Eunice e os empregados por ela enquanto compositora, apontando possíveis semelhanças; a análise bibliográfica deu suporte às duas anteriores, servindo de fonte de pesquisa histórica, metodológica e filosófica no sentido das problematizações envolvidas no processo de pesquisa e a análise interpretativa proporcionou uma visão sobre a dimensão da influência exercida pela performance na apreensão de novas técnicas e procedimentos composicionais. Ressalta-se aqui o ineditismo da divisão da obra de Eunice Katunda em quatro fases, segundo a qual foram escolhidas as peças analisadas. São elas: Fase de Formação (até 1945), Fase Música Viva (1946-1950), Fase Nacionalista (1951-1968) e Fase Final (Após 1968). A pesquisa complementará o trabalho teórico por meio da edição das partituras, além da proposta de performance a ser realizada em recital pela pesquisadora, que também é pianista, com as obras analisadas no trabalho: Variações sobre um tema popular (1943), Quatro epígrafes (1948), Seresta Piracicaba (1965) e Expressão anímica (1979).