Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Dias, Paulo Vergilio Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-12112010-144558/
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Resumo: |
Este trabalho tem por objetivo contribuir para a análise do papel da Educação Pública dentro do processo capitalista. Tomando como referência fundamental a Crítica da Economia Política e a Teoria do Valor de Karl Marx, esta pesquisa procura compreender a relação da Educação com as categorias fundamentais da socialização capitalista forma-mercadoria, valor de uso, valor de troca, valor, trabalho útil, trabalho abstrato, etc. Assim, podemos discutir e por em causa os usos sociais da escola pública, seus custos, bem como a necessidade crucial de disciplinar e qualificar os indivíduos, convertendo-os em força de trabalho para a produção capitalista. A constituição de sistemas públicos de ensino faz parte das Condições Gerais de Produção do Capital; estas, inicialmente, encontravam-se sob a égide dos Estados Nacionais; na medida em que as relações sociais capitalistas globalizaram-se e expandiram-se para a totalidade social, abarcando os tempos livres e o consumo, o Capital organizou a sociedade como Fábrica Social. Neste processo, ao passo que o eixo do poder político deslocou-se para a malha de poder sem fronteiras das empresas (entendida sob o conceito de Estado Amplo), examinamos através de documentos de organizações multilaterais, conselhos técnicos e governo, como o poder empresarial passa a determinar as políticas educacionais para a escola pública, visando à produção em larga escala da força de trabalho flexível adequada ao perfil exigido pelas empresas dentro das novas configurações do mundo do trabalho. Para tanto, empregamos uma metodologia de investigação que envolve a junção da análise da Economia Política com a leitura de documentos, desde o Movimento de Educação para Todos, PREAL, processo da constituição da LDB, PCNs, DCNs e o conjunto de reformas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. A leitura e a análise destes documentos demonstram como a atual política de reformas da escola pública se direciona à produção de trabalhadores precários e flexíveis. Finalmente, esta pesquisa procura contribuir para a compreensão do estado conflituoso das escolas atuais e da crise da educação pública, envolvendo alunos, professores e comunidade. Ao mesmo tempo, propõe novos horizontes de análise para futuras investigações. |