Resquícios trágicos em Antonio, de Beatriz Bracher

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Leme Júnior, Norival
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-05072017-103554/
Resumo: O propósito desta dissertação consiste em analisar o livro Antonio, de Beatriz Bracher, à luz do trágico. A história é uma saga familiar transgeracional que registra a decadência de uma família da burguesia paulistana durante o século XX. A hipótese que orienta a análise é a de que algo inconciliável se manifesta na vida de um de seus membros que ao viajar, rumo ao sertão mineiro, sucumbe às próprias escolhas, marcando negativamente a vida de todos à sua volta. O sujeito contemporâneo vive a falência das grandes narrativas do século XX, como a frustração das ideias libertárias da década de 60 e 70 e, de alguma maneira, sente-se desamparado, perdido diante de um futuro incerto. Esse cenário de crise existencial seria fértil para ressurgimento da tragédia por meio de traços ou escombros trágicos na ficção contemporânea. Por último, a partir do conceito de literatura política, pretende-se verificar se Antonio concentra questões relevantes sobre o Brasil contemporâneo sem apelar para visão conciliadora no âmbito da ficção, ou seja, problematizando a modernidade à brasileira ou as suas ideias modernizantes e modernizadoras