Auto-organização do jogo de basquetebol: flutuações do sistema e suas influências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Malachias, Weslley Matheus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-17062021-100651/
Resumo: Devido ao dinamismo dos eventos durante suas partidas, os esportes coletivos devem ser entendidos como sistemas complexos e dinâmicos. Assim, o objetivo principal desta pesquisa foi compreender a auto-organização do jogo de basquetebol, por meio de uma classificação baseada no final dos processos ofensivos. Foram analisadas todas as partidas de basquetebol masculino dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O protocolo de análise se baseou em variáveis de ação do jogo e posterior classificação da finalização de cada processo ofensivo: Não finalizado (processos que não geraram finalização ao alvo), 0 ponto (processos finalizados que não geraram pontos), 1 ponto (processos gerando 1 ponto), 2 pontos (processos gerando 2 pontos), 3+ pontos (processos gerando mais de 3 pontos). Também foram investigados os rebotes, setores de finalização dos ataques, estado do jogo e a duração dos ataques. Utilizou-se o teste qui-quadrado para comparar as frequências das ações e dos processos ofensivos. O teste T foi utilizado para o comparativo entre equipes vencedoras vs. perdedoras e equipes superiores vs. inferiores. As equipes vencedoras obtiveram mais processos ofensivos de 2 pontos (35,3% vs. 30,6%), 3+ pontos (14,7% vs. 10,8%) e menos processos 0 ponto (28,5% vs. 35,0%) com p < 0,05. Na comparação entre equipes superiores e inferiores, foi encontrado que a classificação 3+ pontos não demonstrou diferença significativa, como no cenário das partidas. Com relação aos rebotes, foi encontrada diferença significativa para todas as categorias analisadas nas partidas; no campeonato foi identificada diferença apenas na categoria sem rebote. Os locais de finalização do ataque demonstraram significância no campeonato, com as equipes superiores apresentando um maior volume de ações na região mais próxima da cesta. Os resultados encontrados demonstram que a finalização ao alvo é o principal atrator do jogo, com a classificação 2 pontos sendo o principal balizador de sucesso. As flutuações mais relevantes são representadas pelas classificações sem finalização e 3+ pontos. Tal ferramenta demonstrou valia para a compreensão da auto-organização do basquetebol e apresenta uma nova possibilidade de analisar o jogo. Acreditamos que pode servir como uma análise diagnóstica que auxilie no processo jogo, análise e treinamento para um melhor entendimento do jogo de basquetebol em diferentes contextos.