Salas de controle: do artefato ao instrumento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Resende, Adson Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-30012012-155514/
Resumo: O projeto de espaços de trabalho exige, por parte do projetista, equacionar conflitos entre as diversas lógicas parciais dos vários usuários de um mesmo artefato. Compreender as relações estabelecidas entre os vários subsistemas que compõem a atividade de trabalho e dos ambientes leva, inevitavelmente, à necessidade de se desenvolver métodos de projeto que possam contemplar demandas inerentes a essa complexidade. Com efeito, poderíamos inferir que, na verdade, o que é preciso considerar na hora do projeto é a existência de uma interface entre o artefato de trabalho e o usuário. É o exercício pleno do uso dessa interface que permite aos usuários construírem sua experiência. Nessa experiência, encontramos os requisitos de projeto, e, para recuperá-la e fazer emergirem as necessidades do projeto, devemos lançar mão de métodos que se adéquem às condições atuais da prática projetual e às situações reais de uso dos artefatos. A evolução do artefato para instrumento resulta da associação dos artefatos com os esquemas de utilização dos seus usuários, reflexo da sua experiência. Metodologias como a Análise Ergonômica do Trabalho e a Avaliação Pós-Ocupação, apoiadas na Teoria da atividade, e por ela guiadas, podem ajudar na construção de uma reflexão consciente sobre a complexidade e as variáveis que surgem no uso dos ambientes de trabalho. O nosso grande labor no estudo de caso fundamenta-se no acompanhamento da atividade em curso, numa sala de controle de um sistema de Metrô. Durante as observações e levantamentos realizados, pudemos identificar a distância entre o projeto da sala e o trabalho real dos operadores e seus esquemas de utilização. O projeto tem sido reflexo de um processo de concepção que precisa ser incrementado, incorporando, definitivamente, características da atividade e a experiência dos usuários.